Nova York, 1º out (RV) - “Congelar os testes nucleares e empreender com responsabilidade
e firmeza o caminho do desarmamento nuclear progressivo e concertado” – pediu Dom
Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados, ao Conselho de Segurança
das Nações Unidas, em nome da Santa Sé.
A sessão, no último dia 24 de setembro,
teve como tema “O desarmamento e a não-proliferação nuclear”.
Para Dom Mamberti,
“o organismo deve ser uma guia concreta sobre questões relativas ao desarmamento nuclear
e ao processo de não-proliferação” - disse.
“É necessário aproveitar o momento
atual para apoiar a causa de um mundo livre das armas nucleares e assumir um papel
de liderança, promovendo tratados multilaterais para o controle de armas nucleares
e esforços visando o desarmamento nuclear”.
“As armas nucleares agridem a vida
do planeta e o processo de desenvolvimento” – acrescentou. “Por sua natureza, elas
são não apenas perniciosas, mas também completamente enganosas”. O arcebispo pediu
a imediata entrada em vigor do Tratado sobre a Proibição Global das Experiências Nucleares
(CTBT): “A proibição universal dos testes inibiria o desenvolvimento das armas nucleares,
contribuiria para o desarmamento e evitaria ulteriores danos ao meio ambiente”.
“Neste
sentido, é fundamental deter a produção e a transferência do material de fissão nuclear
às armas e reduzir os arsenais nucleares a zero”. Para que os Estados possam alcançar
este objetivo – ressaltou – devem poder contar com confiança e segurança:
“As
regiões livres de armas nucleares são o melhor exemplo de confiança e afirmação de
que a paz e a segurança são possíveis, ainda sem possuir armas nucleares. É necessário
promover o progresso da cultura da paz e alcançar os objetivos do desenvolvimento
para o benefício duradouro de cada indivíduo da família humana e para as gerações
futuras, em um mundo livre de armas nucleares” - concluiu. (CM)