BISPOS MAGREBINOS ILUSTRAM DESAFIOS ENFRENTADOS PELA IGREJA
Argel, 1° out (RV) - Os bispos do norte da África desejam ilustrar na Assembleia
Especial do Sínodo dos Bispos para a África, que se realizará de 4 a 25 de outubro
próximo, no Vaticano, alguns desafios enfrentados pela Igreja no Magrebe.
Os
prelados magrebinos falarão no Sínodo sobre as relações com o Islã, a convivência
entre cristãos e muçulmanos, sobre milhares de estudantes subsaarianos que estudam
nos países magrebinos, sobre o Magrebe que se tornou passagem para os emigrantes que
desejam chegar à Europa, e sobre a realidade multicultural e multirreligiosa em que
trabalha a Igreja no Magrebe.
"O Sínodo dos Bispos quer nos tornar servidores
de um mundo de reconciliação, justiça e paz" – ressaltou o bispo de Laghouat, Dom
Claude Rault, delegado da Conferência Episcopal da Região Norte da África (CERNA)
para o Sínodo. "Ele sublinhou que é "importante abordar os temas do Sínodo não como
estrategistas sociopolíticos, mas como discípulos de Cristo conscientes de sua vocação".
O
tema da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África é "A Igreja na África
a serviço da reconciliação, da justiça e da paz. Vós sois o sal da terra... vós sois
a luz do mundo" (Mt 5,13.14). O secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola
Eterović, comentou esse tema, ressaltando que "a Igreja pretende refletir sobre o
atual momento histórico e eclesial, sobre suas atividades pastorais, examinar as diretrizes
dessas atividades a fim de melhorar seu trabalho de evangelização e de promoção humana
na África".
Dom Eterović disse ainda que a "prioridade da Igreja é anunciar
o Evangelho em todo lugar e também na África, mas que o trabalho de evangelização
deve ser acompanhado da promoção humana". Segundo o prelado, o Sínodo dos Bispos para
a África será um ocasião propícia para avaliar o que a Igreja faz em prol da África,
sobretudo no campo da educação, da saúde e na promoção do desenvolvimento integral
da pessoa e da sociedade.
"A Igreja oferece o seu precioso serviço insubstituível
nesses campos. A reconciliação deve construir uma comunidade eclesial reconciliada.
Uma Igreja de pessoas reconciliadas irá promover e anunciar a reconciliação com credibilidade"
– concluiu Dom Eterović. (MJ)