Manila, 29 set (RV) – Na cidade de Manila, atingida pelo tufão Ketsana, milhares
de pessoas estão ainda circundadas pelas águas. “O trabalho de socorro é lento. Faltam
os meios e as pessoas são muito poucas para cobrir todas as áreas atingidas pelo tufão”,
afirma o responsável pelo National Disaster Coordinatin Council, Anthony Golez.
“Nós estamos acostumados a socorrer somente a área da cidade, ou no máximo uma ou
duas províncias, mas desta vez os pedidos de socorro chegam de todas as partes do
distrito de Manila”.
Neste contexto, os voluntários da Caritas e associações
humanitárias tentam responder à emergência. “Estudantes e outros voluntários deslocados
nas várias paróquias estão distribuindo víveres num valor de mais de 70 mil euros,
afirma a Secretária da Caritas Filipina, Irmã Rosanne Mallilin. A religiosa acrescenta
que mais de 100 mil euros foram enviados pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos.
Fontes
locais afirmam que “nas Filipinas se registram todos os anos muitas tempestades. Por
isso apesar da chuva, nos bairros mais pobres muita gente se encontrava nas ruas,
tornando-se um alvo fácil para a água, que em poucas horas chegou a seis metros de
altura. Isso tudo devido, sobretudo, à falta de um adequado plano de informação e
ao fatalismo das autoridades que apesar das experiências passadas continuam a ignorar
o problema”. Segundo as declarações oficiais, cerca 7 mil pessoas foram resgatadas,
das águas, com vida.
Até o momento se registram pelo menos 106 mortes, 108
desaparecidos e mais de 435 mil desalojados. Além da área da capital, o governo declarou
o estado de alerta em outras 25 províncias. (SP)