ARCEBISPO MARCHETTO: SIGNIFICADO DO I ENCONTRO EUROPEU DA PASTORAL DA ESTRADA
Cidade do Vaticano, 25 set (RV) - "O próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a
caminhar com eles": à luz desse versículo do Evangelho de Lucas (24, 15), vai se realizar,
de 29 deste mês a 2 de outubro próximo, na sede do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Migrantes e os Itinerantes, no Vaticano, o I Encontro europeu integrado da
Pastoral da Estrada.
Tomarão parte representantes de 17 países europeus, junto
a delegados de congregações religiosas, associações, movimentos e agências envolvidas
na atividade pastoral da estrada, além de mais de 70 participantes.
Após o
do ano passado na América Latina, este será o segundo de uma série de encontros dedicados
a essa específica Pastoral, que se realizam em âmbito continental sempre por iniciativa
do referido organismo vaticano.
Essa pastoral abrange, de modo geral, os motoristas,
caminhoneiros, os trabalhadores das ferrovias, e prevê o desenvolvimento de uma melhor
ética da estrada que leve a aumentar a segurança nas rodovias. Ocupa-se também de
livrar as mulheres da estrada, ocupa-se dos meninos de rua, dos sem-teto.
A
esse propósito, eis a reflexão do secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para
os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, em vista encontro que terá
início na próxima terça-feira, dia 29:
Dom Agostino Marchetto:- "A situação
dessas pessoas exige uma resposta pastoral específica, em particular, aquelas que
são mais frágeis e vulneráveis. Aqueles que participarão deste I Encontro integrado
europeu, de certo modo, responderam a essas exigências e estão trabalhando num campo
ou no outro para levar ajuda e, sobretudo, respeito à dignidade dessas pessoas, de
quem se encontra nas ruas, nas estradas."
P. Quais são, neste momento, as
prioridades nos vários setores da Pastoral da Estrada?
Dom Agostino
Marchetto:- "No ano passado, quarenta e três mil pessoas morreram nas estradas
da Europa vítimas de acidentes rodoviários e cerca de um milhão e setecentas mil pessoas
ficaram feridas. Cada acidente não é somente trágico pela perda de vidas humanas,
mas também porque priva as famílias de pais, mães, crianças, sem falar nos danos econômicos
e sociais. Por outro lado, infelizmente, está aumentando o problema da prostituição,
com milhares de mulheres que são vítimas do tráfico de seres humanos, capturadas numa
espiral da qual não conseguem se livrar. Existem mais de 250 mil jovens que vivem
nas ruas e estradas da Europa, com quase três milhões de sem-teto." (RL)