2009-09-23 13:58:09

Na sede da ONU, em Nova Iorque, a conferência climática não convenceu e deixou divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento


(23/9/2009) Na cimeira sobre o clima na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o presidente norte-americano pediu a países emergentes como a China e a Índia que façam também a sua parte e adoptem medidas vigorosas contra o aquecimento global.
"A ameaça das mudanças climáticas é grave, é urgente e aumenta", declarou Barack Obama, perante dezenas de dirigentes mundiais reunidos em Nova Iorque.
Se a comunidade internacional não agir de forma "audaciosa, rápida e em conjunto", as gerações futuras caminham para "uma catástrofe irreversível", advertiu o presidente dos EUA, um dos países mais poluidores.
Obama reconheceu que num momento em que as negociações internacionais parecem num impasse "não há que ter ilusões, o mais difícil continua por fazer" até à conferência de Copenhaga.
Esta cimeira foi convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, numa tentativa de dar novo impulso político ao processo de preparação de um novo acordo global para substituir o Protocolo de Quioto que deverá sair da reunião de Copenhaga, com compromissos específicos para a redução de emissões de gases com efeito de estufa.
O mundo tem onze semanas para fazer o trabalho de casa e chegar à cimeira de Copenhaga (7 a 18 de Dezembro) em condições de aprovar o sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Mas as divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continuam a impedir o avanço das negociações.


A esta cimeira na sede da ONU em Nova Iorque, o Presidente chinês Hu Jintao trouxe esperança ao anunciar que aceita reduzir “consideravelmente” o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2020, comparativamente a 2005. O dirigente explicou que vai reduzir a quantidade de gases com efeito de estufa produzidos por cada dólar do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.


A estratégia climática da China, o maior poluidor do mundo, inclui ainda o desenvolvimento, “de forma vigorosa, das energias renováveis e energia nuclear.
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU que em varias ocasiões salientou a lentidão das negociações, alertou na abertura da conferência, que um fracasso em Copenhaga será “moralmente indesculpável, pouco sensato economicamente e politicamente desaconselhável”.








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