2009-09-18 12:27:07

VIOLÊNCIA: IGREJA EM UGANDA PEDE CALMA À POPULAÇÃO


Campala, 18 set (RV) – Em nome de 300 líderes religiosos de Uganda, o arcebispo de Campala, Dom Cyprian Kizito Lwanga, lançou um apelo à calma, depois das violências que se registraram na capital ugandense nos últimos dias.

Pelo menos 21 pessoas morreram entre quinta-feira (10) e domingo (13) em confrontos entre policiais e partidários do Rei Ronald Muwenda Mutebi II. O soberano é expoente de Buganda, um dos quatro antigos reinos do país, abolido em 1966 e readmitido 16 anos atrás, mas somente com funções de representação.

Todavia, os partidários entram com frequência em contraste com o presidente ugandense, Yoweri Museveni, porque exigem mais poder e a restituição das terras confiscadas 23 anos atrás. Neste contexto, Dom Kizito Lwanga lançou o apelo à paz, durante uma conferência organizada pelo Conselho Inter-religioso de Uganda, sobre o tema “A reconciliação nacional duradoura, a justiça e a paz”.

“Enquanto líderes religiosos – declarou o arcebispo –, nós rejeitamos profundamente os atos de violência que ocorreram na capital e que são uma vergonha para o nosso país."

"A violência gera violência – afirmou por sua vez o arcebispo de Gulu, Dom John Baptist Odama – e provoca não somente a morte das pessoas, mas também a destruição da nação", acrescentando que quem quer a violência comete um ato de sabotagem contra o desenvolvimento pacífico do país.

Todos os líderes religiosos concordaram sobre a possibilidade de serem mediadores entre o governo e o reino de Baganda e se declararam disponíveis para encontrar as autoridades políticas.

Por sua vez, o representante de Baganda, presente na conferência, convidou os jovens do reino a permanecerem calmos e absterem-se da violência: "Não resolveremos a questão com confrontos, mas com uma atitude pacífica". (BF)







All the contents on this site are copyrighted ©.