Descriminação, envolvimento crescente de civis nos conflitos, excessivas diferenças
económicas entre pessoas e zonas do mundo, migrantes e crescentes ataques ás vozes
livres: cinco questões humanitárias debatidas em Genebra na XII sessão do conselho
da ONU para os direitos humanos
(15/9/2009) Serão a questão palestiniana, a do Sahara ocidental e mais em geral relatórios
sobre os direitos dos menores em teatros de guerra, sobre os direitos humanos e as
liberdades fundamentais dos povos indígenas alguns dos temas mais significativos enfrentados
no Conselho dos direitos humanos que foi inaugurado nesta segunda feira em Genebra
e cujos trabalhos prosseguirão até 2 de Outubro próximo. Sobre a faixa de Gaza
e as consequências da ofensiva militar israelita que em Dezembro e Janeiro causaram
a morte de mais de 1400 palestinianos, os delegados receberão os resultados de uma
missão da ONU enviada ao local para um inquérito independente. Outros temas que
serão enfrentados são aqueles relativos ao racismo e xenofobia; sessões especiais
de trabalho serão dedicadas ao Burundi, Camboja, Sudão e Somália. Descriminação,
envolvimento crescente de civis nos conflitos, excessivas diferenças económicas entre
pessoas e zonas do mundo, migrantes e crescentes ataques ás vozes livres: são estas
as cinco questões humanitárias com maior risco hoje no mundo e que a comunidade internacional
é chamada a enfrentar e a resolver. No seu discurso de abertura da XII sessão do conselho
da ONU para os direitos humanos, o alto comissário para os direitos humanos Navanethem
Pillay convidou todos a concentrarem-se nos cinco temas citados, sublinhando que.
Embora com modalidades e intensidades diferentes, nenhum país ou zona do mundo está
isento de criticas em matéria de direitos humanos. Uma uniformidade particularmente
evidente quando se enfrenta o tema da descriminação. O Alto Comissário da ONU para
os direitos humanos evidenciou o facto de graves violações dos direitos humanos internacionais
e do direito internacional permanecerem um denominador comum trágico dos conflitos
em curso, enquanto que os civis continuam a ser objectivos de ataques motivados pelo
ódio étnico ou religioso da parte de pessoas sem escrúpulos á procura de fortunas
económicas ou de controlo politico.