2009-09-14 15:33:32

Congresso Mundial da Federação Internacional de Farmacêuticos Católicos, deixa um alerta: risco de colapso mundial do sistema de saúde


(14/9/2009) "Existe o risco de um desastre humanitário e de um colapso mundial do sistema de saúde." Esta é a grave preocupação do Papa expressa neste Domingo pelo presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde, Arcebispo Zygmunt Zimowski, durante o Congresso Mundial da Federação Internacional de Farmacêuticos Católicos.
O evento, que se termina hoje em Poznan, na Polónia , debate o tema: "A segurança do medicamento: ética e consciência para o farmacêutico".
O prelado lançou um apelo para que o acesso aos medicamentos seja garantido aos mais pobres, denunciando o facto de que, na actual crise económica mundial, a assistência médica aos doentes em países em desenvolvimento, em especial às crianças, diminuiu ainda mais, com trágicas consequências .
"Em demasiadas regiões – disse –, faltam os remédios de primeira necessidade. Muitas vezes, por motivos económicos , as doenças típicas de países em desenvolvimento são ignoradas porque, apesar de matarem milhões de pessoas, não constituem um mercado suficientemente rico."
Daqui provém o termo sintomático "orphan drugs" (remédios órfãos), ou seja, os remédios que não se estudam, não se produzem e não se distribuem porque os potenciais compradores não têm a capacidade económica para os comprar. "Isso torna evidente que a saúde já não é governada pela ética tradicional da medicina, mas pela lógica da indústria" – avaliou o arcebispo.
Outro problema salientado por D. Zimowski é a falsificação de remédios, que atinge primeiramente as crianças. "Falsos antibióticos e falsas vacinas produzem graves repercussões sobre a saúde" – recordou. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 50% dos antimaláricos vendidos no mercado são falsos.
os farmacêuticos católicos, D. Zimowski recordou as palavras de João Paulo II, que dizia: "Na distribuição dos remédios, o farmacêutico não pode renunciar às exigências da sua consciência em nome das leis do mercado, nem em nome de legislações condescendentes. O lucro, legítimo e necessário, deve ser sempre subordinado ao respeito da lei moral e à adesão ao magistério da Igreja".








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