2009-09-12 11:59:23

Fidelidade, prudência e bondade - as características de quem exerce o sacerdócio de Cristo: Bento XVI aos bispos por ele ordenados


( 12/9/2009) Fidelidade, prudência e bondade foram as três virtudes indicadas por Bento XVI aos bispos ordenados neste sábado de manhã na basílica de São Pedro, como devendo caracterizar quem exerce o ministério episcopal. Trata-se, sublinhou o Papa na homilia, de serviço, não de domínio. Como disse Jesus: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a própria vida em resgate por muitos”.

“Servir e assim doar-se a si mesmo; ser não para si mesmo, mas para os outros, da parte de Deus e em vista de Deus: é este o núcleo mais profundo da missão de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, a verdadeira essência do seu Sacerdócio”.

Para Jesus, o título de honra é o de “servo”. Ele realiza assim um volte-face dos valores, dando-nos uma nova imagem de Deus e do homem.

Convidando a “contemplar, com os olhos do próprio Jesus, a tarefa que os novos bispos estão chamados a desenvolver, Bento XVI apontou então as três características do Servo de que fala Jesus:

“A primeira característica que o Senhor requer do servo, é a fidelidade. Foi-lhe confiado um grande bem, que não lhe pertence. A Igreja não é a nossa Igreja, mas a Sua, a Igreja de Deus.”

Observando que o servo deve prestar contas de como geriu o bem que lhe foi confiado, o Papa exortou os novos bispos a não ligarem a si próprios as pessoas, a não procurarem poder, prestígio, estima por si mesmos, conduzindo - isso sim – os homens a Cristo, ao Deus vivo

“A segunda característica que Jesus requer do servo, é a prudência. Aqui há que eliminar imediatamente um mal-entendido. A prudência não é o mesmo que astúcia. Segundo a tradição filosófica grega, prudência é a primeira das virtudes cardeais; indica o primado da verdade, que mediante a prudência se torna critério do nosso agir”.

“A prudência – explicitou o Papa - exige a razão humilde, disciplinada e vigilante, que não se deixa encadear por preconceitos; não julga segundo desejos e paixão, mas procura a verdade – mesmo a verdade incómoda”.
Finalmente, a terceira característica:

“A terceira característica de que fala Jesus nas parábolas do servo é a bondade: Servo bom e fiel… entra no gozo do teu senhor

Como Jesus observou ao jovem rico, em sentido pleno, só Deus é bom. “É Ele o Bem, o Bom por excelência, a bondade em pessoa”. “A bondade pressupõe sobretudo uma viva comunhão com Deus, uma crescente união interior com Ele”.








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