Roma, 08 set (RV) - A cura para a malária pode ser em breve uma realidade.
Ontem, em Roma, foi realizado um Congresso do qual participaram, entre outros, o presidente
do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Card. Renato Raffaele Martino.
Pela
primeira vez na história, uma vacina poderá dar uma resposta concreta, ou até mesmo
definitiva, à malária, doença que mata ainda três mil pessoas por dia, em sua maioria
crianças e recém-nascidos, sobretudo em países em desenvolvimento.
No dia 26
de maio, na Tanzânia, teve início a terceira fase de testes da vacina, que no segundo
estágio demonstrou uma eficácia de 65% contra as infecções. A vacina age estimulando
o sistema imunitário a defender-se contra o parasita da malária, o Plasmodium falciparum,
assim que entra em circulação no sangue ou quando infecta as células do fígado. Se
esta terceira fase tiver sucesso, a vacina poderá estar disponível em 2012 para as
crianças de cinco a 17 meses.
O combate à malária sempre foi uma prioridade
para inúmeras associações ligadas à Igreja e para a Santa Sé. Em discurso recente
perante a Assembléia das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Observador na ONU, Dom Celestino
Migliore, pediu mais empenho da comunidade internacional para reduzir a incidência
da doença, evidenciando o nexo entre malária e pobreza:
"A malária continua
sendo uma grave ameaça à segurança humana. Por causa dos custos da prevenção e dos
tratamentos, quem vive na pobreza é mais vulnerável a esta grave doença" – disse na
ocasião.
Cada ano, de 300 a 500 milhões de pessoas contraem a malária que mata
mais de 1 milhão, pelo menos uma morte a cada trinta segundos. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, 90% destas mortes verificam-se na África subsaariana e a maior parte
das vítimas é composta por crianças com menos de 5 anos. (BF)