Roma, 08 set (RV) – A Caritas Internacional se uniu a outras organizações e
líderes religiosos para pedir uma ação global contra a corrupção.
Em carta
ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mais de 50 líderes religiosos e instituições
confessionais afirmam que a corrupção é a maior causa da pobreza em países em desenvolvimento
e o maior obstáculo para superá-la. E defendem que países ricos e pobres, juntos,
têm a responsabilidade de combatê-la.
Em 2003, a Assembléia Geral das Nações
Unidas aderiu à Convenção da ONU Contra a Corrupção (UNCAC). Trata-se do primeiro
tratado internacional para combater a prática em todo o mundo.
Esta semana,
a Convenção está sendo revisada em Viena, na Áustria, para apresentá-la no vértice
de Doha, em novembro próximo.
Por isso, os líderes religiosos pedem que os
delegados em Viena trabalhem para que a Convenção se torne efetivamente uma arma contra
a corrupção. Na carta, o grupo escreve: "Corrupção é o coração da experiência que
as pessoas fazem da pobreza. Para as comunidades pobres, a prática corrupta constitui
uma barreira instransponível para uma educação de qualidade, para o direito à saúde
e uma qualidade de vida digna. A corrupção rouba oportunidades e esperança".
Além
da Caritas Internacional, entre os signatários estão o arcebispo de Maputo, em Moçambique,
Dom Francisco Chimoio, o secretário-geral do Conselho Africano de Líderes Religiosos,
Dr. Mustafa Ali, e o Rabino Jonathan Wittenberg. (BF)