2009-09-08 18:37:58

IGREJA CELEBRA NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA


Cidade do Vaticano, 08 set (RV) - A Igreja celebra nesta terça-feira a Natividade de Nossa Senhora, cuja festa nasceu nos primeiros séculos da era cristã, no Oriente. O Papa Sérgio I a introduziu, no Séc. VII, no calendário litúrgico. Mas como essa festa teve a sua origem? Quem nos responde é o presidente da Associação Bíblica Italiana, Pe. Rinaldo Fabris. Eis o que disse:

Pe. Rinaldo Fabris:- "A fonte principal se encontra num Evangelho apócrifo do Séc. II e é, portanto, muito antigo. Joaquim e Anna já se encontram idosos e não conseguem ter um filho, e então Joaquim se lamenta ao Senhor, o qual lhe anuncia que terá uma menina. Isso se encontra no Evangelho de Tiago."

P. Que significado tem hoje essa celebração?

Pe. Rinaldo Fabris:- "É como o Natal de Jesus. Assim como o nascimento de Jesus marca o início da nossa salvação, também o nascimento de Maria prepara, de certo modo, esse histórico evento do nascimento do Salvador. Faz parte da tradição popular da Igreja – muito difundida – de uma Igreja oriental: Maria é escolhida, por graça, para ser a Mãe do Messias, do Filho de Deus."

P. Qual ensinamento podemos obter desse Evangelho de Tiago, que nos fala justamente do nascimento de Maria?

Pe. Rinaldo Fabris:- "Através da escolha de Maria, depois educada no Templo de Jerusalém – e que mais tarde terá um marido, José – Deus prepara a vinda do Salvador e não somente o aspecto da origem natural, mas da sua preparação espiritual. Esse é o sentido da Natividade de Maria. É um santuário que Deus preparou mediante a escolha, a eleição da Mãe de Jesus o Salvador."

P. Maria, desde criança, vive no templo. Como podemos ver essa vida desde cedo já tão dedicada às coisas de Deus?

Pe. Rinaldo Fabris:- "Essa vida torna-se o modelo das pessoas consagradas. É interessante, no caso de Maria, a consagração espiritual. Ela é virgem, mas tem a fecundidade que é um grande dom de Deus, uma bênção. Uma fecundidade inserida, porém, num contexto de consagração, de pertença total a Deus. Portanto, a virgindade é vivida desde a tradição da Igreja nascente como escolha de dedicação da própria vida ao Senhor. A encarnação de Deus na humanidade se dá nesse contexto de plena adesão ao Senhor. Portanto, podemos dizer que esse é o modelo para todos os fiéis, para os que são casados, os genitores que têm filhos, que são sempre um dom de Deus mediante o processo da criação. Viver a total pertença a Deus, em qualquer estado de vida, é a condição para participar dessa presença de Deus na humanidade da qual Jesus é o momento culminante como Messias e presença definitiva de Deus na humanidade." (RL)







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