Cartum, 08 set (RV) - Celebra-se hoje o Dia Mundial da Alfabetização.
Para
a ocasião, o Serviço dos Jesuítas para Refugiados da África Oriental ressalta, numa
nota, a importância da educação no sul do Sudão e encoraja o governo local a destinar
suficientes fundos a fim de manter e melhorar os resultados obtidos até hoje no campo
da educação. O organismo exorta também os benfeitores e a comunidade internacional
a dar um apoio adequado.
O diretor do Serviço dos Jesuítas para Refugiados
da África Oriental, Pe. Frido Pflueger, ilustra na nota que "a educação é a chave
do desenvolvimento, pois ajuda a promover a dignidade humana, ajuda as pessoas a realizar
suas potencialidades, a melhorar suas qualidades de vida e a se tornar cidadãos politicamente
maduros".
O sacerdote frisa ainda que, "o sul do Sudão precisa destas qualidades
para ter um futuro estável. O Governo local, a comunidade internacional e as organizações
humanitárias devem agir conjuntamente a fim de que isso se torne realidade para o
povo sudanês".
Segundo um relatório, do ano passado, do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF), a freqüência escolar no sul do Sudão triplicou nos últimos
quatro anos. Desde 2005, o número de alunos que freqüentam as escolas subiu de 343
mil - que era o número mais baixo do mundo – para 1 milhão e 300 mil. Não obstante
esta melhora, a freqüência escolar das meninas permanece ainda muito baixa em relação
aos meninos.
Dificuldades econômicas, valores e práticas de caráter sóciocultural,
como os casamentos precoces, continuam impedindo as jovens de freqüentar as escolas.
É preciso conscientizar os pais e as comunidades sobre o valor da educação, sobretudo
para as meninas.
Outra questão sublinhada no relatório do UNICEF é a escassez
de professores qualificados e remunerados que se torna um sério problema para o sistema
educacional. Somente 7% dos professores do ensino fundamental no sul do Sudão receberam
uma formação qualificada.
O Serviço dos Jesuítas para Refugiados da África
Oriental ofereceu, recentemente, um curso de preparação para provas a 150 estudantes
sudaneses da cidade de Yei, que correm o risco de exclusão social.
Sobre o
processo de alfabetização no Brasil nos fala o assessor setor de Educação da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), prof. Luiz Antônio S. Amaral.
Prof. Luiz
Antônio o que a Igreja faz em prol da superação das dificuldades da alfabetização?
(MJ)