Londres, 08 set (RV) - A Anistia Internacional divulgou, nesta terça-feira,
um novo relatório intitulado "Casas destruídas, vidas destruídas", solicitando o governo
do Chade, na África, a impedir a desocupação forçada, de suas casas, de várias pessoas
da capital N’Djamena.
Após a desocupação forçada, as casas foram demolidas
com a autorização do presidente Idriss Déby Itno por meio de um decreto aprovado em
fevereiro do ano passado, que não respeita as normas internacionais e as próprias
leis do Chade. As demolições causaram milhares de sem-teto.
O relatório de
Anistia Internacional, organização que defende os direitos humanos, denuncia através
de investigações realizadas no local e através de imagens satelitares, a dimensão
da área onde se verificaram as demolições das casas, em N’Djamena, desde janeiro de
2008 a julho deste ano.
"As famílias que perderam suas moradias não foram consultadas
pelas autoridades e nem mesmo foram ressarcidas" – declara o vice-diretor do Programa
África de Anistia Internacional, Tawanda Hondora.
De janeiro do ano passado
a janeiro deste ano ocorreram mais de três mil e setecentas demolições de casas. Anistia
Internacional pede ao governo chadiano para introduzir uma moratória sobre a desocupação
em massa, na expectativa de uma norma que proíba tais operações. As autoridades, ressalta
Anistia, devem assegurar uma moradia provisória e ajuda de emergência às vítimas.
(MJ)