IGREJA: MARCHAS CONTRA CHÁVEZ SÃO DESEJO DE "FAZER-SE OUVIR"
Bogotá, 05 set (RV) - Milhares de pessoas marcharam ontem em diversas capitais
sul-americanas e européias em um protesto coordenado contra o presidente venezuelano,
Hugo Chávez.
A iniciativa, intitulada "Marcha mundial contra Chávez de 4 de
setembro", foi convocada por meio de redes sociais na internet, principalmente o site
de relacionamento Facebook e o serviço de microblog Twitter.
"Esta marcha
é contra Chávez e em favor de nossos irmãos venezuelanos, colombianos e latino-americanos"
– dizia o texto de convocatória da marcha.
O presidente da Conferência Episcopal
da Venezuela (CEV), Dom Ubaldo Ramón Santana Sequera, disse ontem em Bogotá que as
mobilizações contra Chávez demonstram o desejo cidadão de fazer-se ouvir. "Creio
que estamos vivendo em um mundo onde todos queremos fazer-nos sentir, participar,
fazer ouvir a nossa voz" – declarou o arcebispo de Maracaibo. Para ele, esses protestos
evidenciam o interesse que existe, não somente na América Latina e no Caribe, mas
também em todo o mundo, "pelos fatos que movem nossos países".
Sobre a relação
com o Estado, Dom Santana Sequera disse que a Igreja Católica venezuelana tem mantido
diante de Chávez uma postura de "busca por um diálogo sincero, aberto, que encontre
o bem comum".
O arcebispo fez as declarações em Bogotá, capital colombiana,
onde participou ontem da reunião com os presidentes dos episcopados do Equador e da
Colômbia.
O encontro foi organizado para analisar a crise diplomática de Equador
e Venezuela com a Colômbia, sobre a qual os prelados divulgaram uma declaração, convidando
os povos e os governantes dos três países ao diálogo, à paz e à fraternidade. (BF)