Mini-série sobre Santo Agostinho apresentada ao Papa que no final salientou que “a
verdade é mais forte do que qualquer drama, e encontra o homem
(3/9/2009) Foi apresentada esta Quarta-feira ao Papa, antes da estreia oficial,
uma síntese da mini-série “Santo Agostinho. O Declínio do Império Romano”, sobre a
vida do bispo de Hipona e Doutor da Igreja. A projecção aconteceu na Sala Suíça
do Palácio Pontifício da Castel Gandolfo. S. Agostinho (354-430) foi o grande mestre
de vida de Joseph Ratzinger, que lhe dedicou a sua tese de doutoramento. Franco
Nero dá vida ao santo na velhice, enquanto Alessandro Preziosi (actor de teatro, especialista
em Shakespeare) o recria durante a sua tormentosa juventude. A série começa com
o idoso Agostinho recordando a sua vida pouco antes de morrer, assediado em Hipona,
em 430, pelos exércitos vândalos. Narra-se, assim, a vida do santo, seus excessos
e transgressões, até à crise existencial que o levou à conversão, no marco do colapso
do Império Romano. Outro papel destacado é o de Santa Mónica (interpretada pela
actriz italiana Monica Guerritore), como guia da salvação do seu filho. “Uma viagem
espiritual, num continente espiritual muito distante de nós e contudo muito perto
de nós porque o drama humano é sempre o mesmo – disse o Papa comentando a mini –
série sobre Santo Agostinho. Vimos como num contexto para nós muito distante se
realiza toda a realidade da vida humana, com todos os problemas, as tristezas, os
insucessos e o facto que no fim a verdade é mais forte e encontra o homem. Esta é
a grande esperança que permanece no fim: que nós não podemos encontrar a verdade por
nós mesmos, mas é a Verdade em pessoa que nos encontra. Exteriormente, a vida de
Santo Agostinho parece terminar de uma maneira trágica. O mundo para o qual e no qual
viveu termina, é destruído. Mas como foi salientado , a sua mensagem permanece . Também
nas mudanças do mundo, permanece esta mensagem, porque vem da verdade e guia para
a caridade, que é o nosso destino comum. Depois de ter agradecido a todos o Papa
concluiu fazendo votos que muitos, vendo este drama humano, possam ser encontrados
pela Verdade e encontrar a caridade.