2009-09-03 17:37:23

IGREJA CELEBRA MEMÓRIA DE SÃO GREGÓRIO MAGNO


Cidade do Vaticano, 03 set (RV) - Celebra-se nesta quinta-feira a memória de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja que viveu no Séc. VI, nos anos das chamadas invasões dos bárbaros. Bento XVI dedicou a esse grande papa um Angelus e duas catequeses, no âmbito das audiências gerais das quartas-feiras.

Um exemplo para os pastores da Igreja e para os administradores públicos. Bento XVI descreve assim São Gregório Magno, um homem de grande integridade moral, ponto de referência para todos, em anos difíceis, graças à santidade de vida, seu estilo simples e despojado: prefeito de Roma aos 30 anos de idade, tornou-se monge, sendo depois aclamado papa contra a sua vontade.

Foi o primeiro a definir o Vigário de Cristo como "servo dos servos de Deus". Foi por ter ficado profundamente impressionado com a humildade do Filho de Deus que se inclinou diante das misérias da humanidade. Para ele essa era a tarefa do pastor de almas:

A vida do pastor de almas deve ser uma síntese equilibrada de contemplação e de ação, animada pelo amor que – dizia ele mesmo – "alcança cumes altíssimos quando se curva misericordioso diante dos males profundos dos outros. A capacidade de curvar-se diante da miséria dos outros é a medida da força de impulso rumo ao alto"." (Angelus de 3 de setembro de 2006)

São Gregório Magno ajudava os pobres, os últimos, os abandonados. Olhou para as invasões dos bárbaros com espírito confiante e, diferentemente do imperador bizantino – que considerava os longobardos como indivíduos incivis que deveriam ser derrotados ou exterminados – via essas populações com os olhos do bom pastor, preocupado em anunciar-lhes a palavra de salvação:

"Com profética capacidade de enxergar o futuro, Gregório intuiu que uma nova civilização estava nascendo do encontro entre a herança romana e os povos chamados "bárbaros", graças à força de coesão e de salvação moral do cristianismo." (Angelus de 3 de setembro de 2006)

São muito conhecidos os binômios de São Gregório: faça aquilo que sabe, viva aquilo de que fala, faça aquilo que conhece. Porque é inútil compreender as coisas da fé se essa compreensão não leva à ação. E a sua imensa atividade parte do reconhecer com humildade a própria miséria. Parte do primado da oração:

"Era um homem imerso em Deus: o desejo de Deus estava sempre vivo no fundo de sua alma e justamente por isso ele se fazia sempre muito próximo ao próximo, aos necessitados entre o povo de seu tempo. Num tempo desastroso, aliás, de desespero, soube criar paz e dar esperança. Este homem de Deus nos mostra onde se encontram as verdadeiras fontes da paz, de onde vem a verdadeira esperança e se torna assim um guia também para nós hoje." (Audiência geral de 28 de maio de 2008) (RL)







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