Pretoria, 03 set (RV) - O ano de 2010 está chegando, e com ele, a Copa do Mundo
de Futebol. O evento esportivo, que atrairá a atenção de milhões de pessoas no mundo,
está marcado para junho e julho, e a Igreja Católica quer dar a sua contribuição para
o êxito.
Assim sendo, foi lançada a campanha “Igreja na bola” (“Church on
the ball”), para animar as dioceses do país a promoverem iniciativas de acolhida aos
visitantes estrangeiros e de impulso à pastoral do esporte.
Já em junho passado,
representantes do clero participaram de uma conferência do Ministério de Esporte,
na qual apresentaram alguns projetos de evangelização do esporte. Para os bispos sul-africanos,
a Copa do Mundo de Futebol representa uma oportunidade de mostrar a vitalidade do
catolicismo africano; e neste sentido, estão convidando as comunidades locais a serem
voluntárias para acolher os grupos que irão o país no próximo verão.
Um dos
responsáveis da campanha, Toni Rowland (membro da Delegação Família e Vida da Conferência
Episcopal), lembra que o futebol é considerado o esporte mais popular da África do
Sul, e certamente, a Copa do Mundo terá grande impacto na sociedade sul-africana em
muitos campos, não apenas o econômico: “Seria uma pena se somente o mundo secular,
a mídia e as empresas turísticas estivessem presentes” – lamenta.
Rowland explica
que a Conferência Episcopal sul-africana levou em consideração as iniciativas empreendidas
pelos bispos alemães durante a última Copa, em 2006: disponibilidade de serviço religioso
em várias línguas, preocupações pastorais e relações ecumênicas.
Os bispos
esperam que este acontecimento sirva para unir as famílias, e não só os homens nos
bares: “Os jovens e os homens maduros, que normalmente são menos engajados em suas
paróquias, se surpreenderão ao ver sua Igreja interessada em algo secular, e esperamos
que isto os anime a participar da hospitalidade e, de alguma forma, da atenção pastoral”.
E assim como na Alemanha, a Igreja Católica sul-africana se preocupa com os
possíveis efeitos negativos que o Mundial possa trazer, especialmente com respeito
a prostituição e a droga.
Em várias ocasiões, as congregações religiosas no
país advertiram sobre o incremento do tráfico de pessoas, especialmente mulheres e
crianças, que costuma se verificar em acontecimentos esportivos.
Irmã Melaine
O’Connor, comprometida no combate a estes fenômenos, afirma à Agência Zenit que o
grupo de maior risco serão as crianças, já que as escolas do país fecharão durante
a Copa: “a pobreza, o desemprego e a falta de oportunidades são os problemas que mais
alimentam o motor do tráfico de pessoas”. (CM)