2009-09-02 15:05:12

IGREJA NA ESPANHA PROCURA EVITAR MATRIMÔNIOS POR CONVENIÊNCIA


Madri, 02 set (RV) - A Igreja na Espanha, diante do aumento de matrimônios por conveniência – com os quais estrangeiros buscam obter benefícios para regularizar a própria situação – aumentou os esforços para evitar essas uniões e reconhecer a nulidade das que já foram celebradas.

Numerosas dioceses estão pedindo aos sacerdotes que estejam atentos, de modo particular, sobre a questão das regras do matrimônio entre uma pessoa espanhola e uma estrangeira.

A concordata entre a Espanha e a Santa Sé dá reconhecimento civil ao matrimônio canônico, e com o matrimônio civil se reduzem o prazo (de dez para um ano) e os requisitos para se obter a cidadania espanhola.

Por isso, alguns estrangeiros que se encontram no país de forma ilegal concordam casar-se com uma pessoa espanhola para conseguir mais rapidamente uma situação regular ou outros benefícios econômicos.

Existem também redes organizadas – sobre as quais a polícia espanhola está investigando – que pedem somas ingentes de dinheiro aos imigrados para organizar-lhes um matrimônio fraudulento e pagam uma parte ao cidadão espanhol.

Por outro lado, a possibilidade concedida pela atual legislação espanhola de divorciar-se rapidamente favorece a perda do respeito pelo contrato matrimonial.

Apesar dos esforços para evitar essas fraudes, algumas pessoas conseguem celebrar os chamados "casamentos brancos", alguns dos quais são depois descobertos pela polícia ou pela própria Igreja.

A polícia interroga os párocos que, em certos casos, chegam a ser imputados nos processos contra as fraudes. No âmbito canônico, um tribunal eclesiástico realiza uma investigação interna e, se se demonstra que não se trata de verdadeiros matrimônios, declara a sua nulidade e o comunica ao registro civil.

"Não se trata de aplicar sanções contra a maioria dos imigrados" – explicou o arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio Barrio – mas de "defender a dignidade do imigrado e de evitar que sofram extorsão por parte de grupos de pressão". (RL)







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