São Paulo, 02 set (RV) - O Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o
Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, Dom Pedro Luiz Stringhini, enviou uma carta
de apoio ao 15º Grito dos Excluídos 2009.
O Grito dos Excluídos se realiza
anualmente em várias cidades brasileiras: é uma grande manifestação popular para denunciar
as situações de exclusão social e assinalar as possíveis saídas e alternativas.
Na
carta, o bispo auxiliar de São Paulo convoca comunidades, Igrejas, escolas, universidades
e organizações sociais, para as diversas atividades nacionais do Grito dos Excluídos,
que se realiza em localidades de todos os estados do país na semana que antecede o
dia 7 de setembro. Em seus 15 anos de existência, o Grito dos Excluídos vem se
afirmando como a mais importante mobilização popular em vista da construção de um
projeto popular para o Brasil.
A edição deste ano tem como tema “Vida em primeiro
lugar,a força da transformação está na organização popular”. A intenção é anunciar,
em diferentes manifestações populares, os sinais de esperança, através da unidade,
da organização e da luta popular, e ao mesmo tempo, denunciar todas as formas de injustiça
que causam em nosso país a destruição e a precarização da vida do povo e do planeta.
Em Aparecida/SP, simultaneamente ao grito, no dia 07 de setembro se realiza
a 22ª Romaria dos Trabalhadores, que neste ano tem como lema: “A sabedoria dos pobres
derrota as armas dos poderosos”.
Dom Luis Stringhini explica que o Grito
visa também: lutar contra as formas de exclusão e as causas que levam o povo a viver
em condições de vida precárias e, muitas vezes, sem perspectiva de futuro; denunciar
a política econômica que privilegia o capital financeiro em detrimento dos direitos
sociais básicos; construir alternativas que tragam esperança aos excluídos e perspectivas
de vida para as comunidades locais; promover a pluralidade e igualdade de direitos,
bem como o respeito nas relações de gênero, raça e etnia; multiplicar assembléias
populares para discutir a organização social a partir do Município, fortalecendo o
poder popular.
Diante de situações de exclusão, Jesus defende os direitos
dos fracos e o direito a uma vida digna para todo o ser humano. O compromisso com
esta causa nos compromete no esforço de superação da exclusão em nosso país, participando
da construção de uma sociedade justa e solidária.
A carta de Dom Pedro Luiz
Stringhini está publicada na íntegra no site da CNBB. (CM)