BENTO XVI: A PALAVRA DE DEUS SEJA VIVIDA COMO FONTE DE ALEGRIA E LIBERDADE
Cidade do Vaticano, 1° set (RV) - Bento XVI renova aos fiéis a exortação a
colocarem a Palavra de Deus no centro de suas vidas. De fato, a intenção geral de
oração do papa para o mês de setembro é a seguinte: "para que a Palavra de Deus seja
mais conhecida, acolhida e vivida como fonte de liberdade e alegria". Trata-se de
uma exigência particularmente evidenciada pelo Santo Padre, que justamente a esse
tema dedicou o último Sínodo dos Bispos, realizado em outubro do ano passado.
Desde
o início de seu pontificado, Bento XVI renova constantemente a mensagem de que somente
a Palavra de Deus pode realmente mudar o coração do homem. "Ignorar as Escrituras
é ignorar Cristo" – observa o pontífice citando São Jerônimo.
O papa observa
ainda que a Sagrada Escritura não deve ser lida como "palavra do passado, mas como
Palavra de Deus que se dirige também a nós". E acrescenta: a Escritura deve ser lida
"em comunhão com a Igreja viva" para não cair numa interpretação condicionada pelo
tempo e pelos modismos:
"Aquilo que hoje é moderníssimo, amanhã estará ultrapassado.
Ao invés, a Palavra de Deus é Palavra de vida eterna, traz consigo a eternidade, aquilo
que vale para sempre. Portanto, carregando em nós a Palavra de Deus, carregamos em
nós o eterno, a vida eterna." (Audiência geral, 7 de novembro de 2007)
Todos
os cristãos são chamados a dar razão da esperança têm em si, mas para que sejam testemunhas
críveis é necessário conhecer e, sobretudo, viver aquilo que se anuncia – exorta o
papa.
"Somente quem se coloca, em primeiro lugar, à escuta da Palavra, pode
depois tornar-se seu anunciador. De fato, não se deve ensinar uma sabedoria sua, mas
a sabedoria de Deus, que muitas vezes parece loucura aos olhos do mundo." (Discurso
pelos 40 anos da Dei Verbum, 16 de setembro de 2005)
E mais, para que
sejam anunciadores críveis, Bento XVI convida os fiéis a praticarem a Lectio divina,
a leitura meditada e rezada da Palavra de Deus:
"A Lectio divina consiste
em permanecer longamente diante de um texto bíblico, lendo-o e relendo-o, quase como
que "ruminando-o", como dizem os Padres e, espremendo, por assim dizer, todo o "suco",
a fim de que alimente a meditação e a contemplação e irrigue – como linfa – a vida
concreta." (Angelus, 6 de novembro de 2005) (RL)