Jesuítas reflectiram sobre a presença muçulmana nas sociedades europeias
(31/8/2009) Os convertidos ao catolicismo procedentes do contexto muçulmano precisam
de um acompanhamento específico e maior do que o actual. Esta foi uma das conclusões
do Congresso do «Eurojess» (Jesuítas especialistas em Ciências Sociais), que
debateu a questão das populações muçulmanas na Europa. Durante a assembleia, que
se realizou entre 25 e 29 de Agosto, na cidade espanhola de Granada, os 50 participantes
procuraram encontrar soluções para o acompanhamento das pessoas originárias do mundo
muçulmano que encontram Cristo e entram na Igreja. No país vizinho, as conversões
ao cristianismo a partir do mundo islâmico não são muito numerosas, embora na França,
por exemplo, sejam mais frequentes. A missão de “receber as pessoas que se encontram
com Cristo, acompanhá-las como catecúmenos, como neófitos, como membros das nossas
comunidades, requer discernimento espiritual e conhecimento profundo das marcas da
sua antiga condição muçulmana, quer ela seja sociológica ou cultural”, referiram os
congressistas. “Elaborar o que significa ser cristão, muçulmano e crente nas sociedades
seculares, plurais e democráticas”, foi outra das prioridades estabelecidas pelos
jesuítas e colaboradores presentes no encontro. A concretização deste objectivo requer
“purificar o olhar, sanar as feridas da história, conhecer os fundamentos teológicos
das nossas convicções éticas e as nossas posturas políticas”, declarou a assembleia.
Este desafio implica também “ter uma consciência clara de nossa identidade cristã,
expressá-la, e viver em coerência”.