2009-08-28 18:07:19

MEDIDAS CONTRÁRIAS AO VATICANO II? BOATOS SEM FUNDAMENTO, AFIRMA CARDEAL BERTONE


Cidade do Vaticano, 28 ago (RV) – O cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o mais próximo colaborador de Bento XVI, desmentiu categoricamente os boatos divulgados por alguns meios de comunicação, segundo os quais o Santo Padre estaria para "retroceder" nas diretrizes aprovadas (e aplicadas) pelo Concílio Vaticano II.

Em entrevista à edição desta quinta-feira, do jornal "L'Osservatore Romano", o purpurado esclarece uma questão nascida da revelação de supostos documentos, imediatamente desmentidos pela Santa Sé, que seriam interpretados como um retroceder do papa, no que diz respeito à aplicação das decisões aprovadas pelo Concílio ecumênico Vaticano II, em particular no que diz respeito à matéria litúrgica.

"Para compreender as intenções e ações do pontificado de Bento XVI – afirma o Cardeal Bertone − é preciso, antes de tudo, fazer uma retrospectiva de sua história pessoal – uma experiência variada, que lhe permitiu viver a Igreja conciliar como autêntico protagonista. Depois, uma vez eleito à cátedra de Pedro, é preciso recordar e considerar todos os seus pronunciamentos e atos."

Todo o restante – assegura o cardeal secretário de Estado – "não passa de elucubrações e boatos sem fundamento". E esses supostos documentos de retrocesso "não passam de pura invenção, elaborada segundo um clichê apresentado obstinada e continuamente".

Na entrevista, o cardeal cita "algumas instâncias do Concílio Vaticano II que Bento XVI promoveu, constantemente, com inteligência e profundidade de pensamento". Em particular, "a relação mais compreensiva instaurada com as Igrejas ortodoxas e orientais, e o diálogo com o Judaísmo e com o Islamismo", que "suscitaram respostas e aprofundamentos como nunca se registrara, purificando a memória e abrindo-se às riquezas do outro".

O Cardeal Bertone conclui suas declarações, advertindo para o erro de se atribuir ao papa todos os problemas da Igreja no mundo e todas as declarações de seus representantes.

"Uma correta informação − sublinha − exige que se atribua a cada um (unicuique suum) a própria responsabilidade pelos atos e palavras, sobretudo quando esses atos e essas palavras contradizem, ostensivamente, os ensinamentos e exemplos do papa." (AF)







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