IGREJA CELEBRA SANTO AGOSTINHO: DEUS É A ÚNICA RESPOSTA PARA NOSSAS INQUIETAÇÕES
Cidade do Vaticano, 28 ago (RV) - Celebra-se nesta sexta-feira, dia 28, a memória
de Santo Agostinho, bispo de Hipona e doutor da Igreja. Autor de numerosos escritos,
o santo africano encontra-se entre os Padres da Igreja que melhor explicaram princípios
e dogmas do Cristianismo.
Em sua obra mais célebre _ as "Confissões" _ ele
descreve o difícil percurso que o levou à conversão. Bento XVI recorre comumente ao
pensamento agostiniano. Aliás, o Santo Padre dedicou justamente ao bispo de Hipona
a sua tese de doutorado em Teologia.
Santo Agostinho é também chamado de "o
doutor da Graça", porque, em seus escritos, conseguiu explicar como Deus ama a Sua
criatura.
Homem inquieto diante das interrogações sobre a existência, deixou
em diversas obras as respostas que encontrou.
O Padre da Igreja fez uma busca
longa, entre filosofias e heresias, até chegar à escolha do Cristianismo, no qual
conseguiu conciliar a razão e a fé, como disse Bento XVI falando do bispo de Hipona
numa de suas catequeses das quartas-feiras:
"Essas duas dimensões, fé e razão,
não devem ser separadas nem contrapostas, mas devem sempre caminhar juntas. Como escreveu
o próprio Agostinho pouco após sua conversão, fé e razão – ele o diz no "Contra Academicos"
– são as duas forças que nos levam a conhecer." (30 de janeiro de 2008)
Reiteradas
vezes, o papa ressaltou ter ficado impressionado com Santo Agostinho, tanto que se
inspirou em seu pensamento em suas primeiras encíclicas. De fato, na Deus caritas
est o pontífice quis explicar Deus como amor, usando as mesmas palavras que o
bispo de Hipona dirigia a seus contemporâneos:
"Também hoje, como em seu tempo,
a humanidade precisa conhecer e, sobretudo, viver essa realidade fundamental. Deus
é amor e o encontro com Ele é a única resposta às inquietações do nosso coração. (27
de fevereiro de 2008)
Em várias ocasiões, o papa descreveu também as vicissitudes
do filósofo de Tagaste – na atual Argélia – para fazer entender que a experiência
de um santo não é distante da experiência de cada um de nós. Para fazer entender que
o caminho de um homem não se conclui com uma opção fundamental de vida.
De
fato, Santo Agostinho não se limitou a consagrar-se a Deus e a dedicar-se à Teologia:
"Embora no início lhe fosse difícil, ele entendeu que somente vivendo para os outros,
e não somente para a sua contemplação privada, podia realmente viver com Cristo e
para Cristo (...) Aprendeu, muitas vezes com dificuldade, dia após dia, a colocar
à disposição o fruto da sua inteligência em favor dos outros, a comunicar a sua visão
e a sua fé às pessoas simples." (27 de janeiro de 2008) (RL)