2009-08-28 17:12:59

IGREJA CELEBRA SANTO AGOSTINHO: DEUS É A ÚNICA RESPOSTA PARA NOSSAS INQUIETAÇÕES


Cidade do Vaticano, 28 ago (RV) - Celebra-se nesta sexta-feira, dia 28, a memória de Santo Agostinho, bispo de Hipona e doutor da Igreja. Autor de numerosos escritos, o santo africano encontra-se entre os Padres da Igreja que melhor explicaram princípios e dogmas do Cristianismo.

Em sua obra mais célebre _ as "Confissões" _ ele descreve o difícil percurso que o levou à conversão. Bento XVI recorre comumente ao pensamento agostiniano. Aliás, o Santo Padre dedicou justamente ao bispo de Hipona a sua tese de doutorado em Teologia.

Santo Agostinho é também chamado de "o doutor da Graça", porque, em seus escritos, conseguiu explicar como Deus ama a Sua criatura.

Homem inquieto diante das interrogações sobre a existência, deixou em diversas obras as respostas que encontrou.

O Padre da Igreja fez uma busca longa, entre filosofias e heresias, até chegar à escolha do Cristianismo, no qual conseguiu conciliar a razão e a fé, como disse Bento XVI falando do bispo de Hipona numa de suas catequeses das quartas-feiras:

"Essas duas dimensões, fé e razão, não devem ser separadas nem contrapostas, mas devem sempre caminhar juntas. Como escreveu o próprio Agostinho pouco após sua conversão, fé e razão – ele o diz no "Contra Academicos" – são as duas forças que nos levam a conhecer." (30 de janeiro de 2008)

Reiteradas vezes, o papa ressaltou ter ficado impressionado com Santo Agostinho, tanto que se inspirou em seu pensamento em suas primeiras encíclicas. De fato, na Deus caritas est o pontífice quis explicar Deus como amor, usando as mesmas palavras que o bispo de Hipona dirigia a seus contemporâneos:

"Também hoje, como em seu tempo, a humanidade precisa conhecer e, sobretudo, viver essa realidade fundamental. Deus é amor e o encontro com Ele é a única resposta às inquietações do nosso coração. (27 de fevereiro de 2008)

Em várias ocasiões, o papa descreveu também as vicissitudes do filósofo de Tagaste – na atual Argélia – para fazer entender que a experiência de um santo não é distante da experiência de cada um de nós. Para fazer entender que o caminho de um homem não se conclui com uma opção fundamental de vida.

De fato, Santo Agostinho não se limitou a consagrar-se a Deus e a dedicar-se à Teologia: "Embora no início lhe fosse difícil, ele entendeu que somente vivendo para os outros, e não somente para a sua contemplação privada, podia realmente viver com Cristo e para Cristo (...) Aprendeu, muitas vezes com dificuldade, dia após dia, a colocar à disposição o fruto da sua inteligência em favor dos outros, a comunicar a sua visão e a sua fé às pessoas simples." (27 de janeiro de 2008) (RL)







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