DROGA É CAUSA DE VIOLÊNCIA E MORTE NA FRONTEIRA MÉXICO-EUA
Cidade do México, 28 ago (RV) - A cidade mais perigosa do mundo é Ciudad Juárez,
no México. É o que afirma um relatório elaborado pelo Conselho Cidadão para a Segurança
Pública (CCSP), uma ONG de Cidade do México que reúne organizações de defesa das vítimas
da criminalidade.
Com 1,4 milhão de habitantes, Ciudad Juárez é a quarta maior
cidade do México. Situa-se no confim com os EUA, e é separada da localidade de El
Paso _ do outro lado da fronteira _ pelo rio Grande.
Somando as oito mortes
registradas ontem, somente este mês foram perpetrados mais de 300 crimes. Com esta
série de assassinatos, contabilizam-se 1.448 homicídios atribuídos ao crime organizado,
só este ano. Em 2008, esta cifra alcançou a casa dos 1.600 homicídios, segundo a imprensa
local.
O triste "ranking" encabeçado por Ciudad Juárez registra, em segundo
lugar, a capital venezuelana, Caracas, seguida por New Orleans, nos EUA, Tijuana (também
mexicana), Cidade do Cabo, na África do Sul, São Salvador, capital de El Salvador,
Medellín, na Colômbia, Baltimore, EUA, e enfim, Bagdá, capital iraquiana invadida
e ainda em guerra.
A fronteira mexicana com os Estados Unidos é palco de constantes
conflitos entre cartéis da droga, pelo controle do tráfico para o mercado norte-americano,
principal cliente mundial de cocaína. Mais de 10 mil mexicanos morreram nessa batalha,
desde janeiro de 2008, e a nada serviu o envio de 36 mil militares e agentes de polícia
à região de fronteira.
Nos últimos dias, um estudo do Centro Católico Multimedial
revelou que o México é o segundo país mais perigoso para os sacerdotes na América
Latina, depois da Colômbia. A pesquisa, solicitada pelo Episcopado mexicano, revelou
que, nos últimos 16 anos, foram assassinados no México, um cardeal, onze sacerdotes
e três religiosos. (CM)