Bogotá 28 ago (RV) – A divulgação de dados oficiais afirmando que cerca de
20 milhões de colombianos vivem em situação de pobreza fez com que diversos bispos
do país saíssem em campo, pedindo soluções políticas e estratégicas que incluam, sobretudo,
os camponeses.
O secretário-geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC),
Dom Juan Vicente Córdoba Villota, considerou positivo que a Colômbia cresça em cifras
macroeconômicas, mas reivindicou uma política que beneficie "não apenas as estruturas,
mas também as pessoas e as instituições".
É necessária, por exemplo, "uma política
que leve o camponês a desejar voltar à sua terra e a manter trabalhando na terra aqueles
que já o fazem". "As pessoas preferem ficar em suas terras, quando têm a possibilidade
de produzir, quando dispõem de crédito e de ajudas, se enfrentam dificuldades com
a colheita" _ afirmou Dom Córdoba, em declarações a TV Caracol.
O prelado
disse ainda que o desafio para o Governo “é manter sua estrutura econômica de progresso,
abrir novos mercados e incentivar com bons créditos e ajudas aos camponeses para que
possam cultivar suas terras”.
O Departamento de Comunicação Social informou
que o arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, pediu que esses dados fossem
analisados "com muita atenção e cuidado".
Ele explicou que não se pode recorrer
a "um assistencialismo exagerado, porque o mesmo gera pobreza". "Por outro lado, porém
_ ponderou _ é preciso identificar o modo de oferecer mais oportunidades de trabalho
e desenvolvimento às pessoas e às famílias, a fim de que, a partir de seu esforço
pessoal ou familiar, elas possam seguir adiante."
O diretor do Secretariado
Nacional de Pastoral Social, Mons. Héctor Fabio Henao Gavíria, destacou, por sua vez,
a necessidade de contar com programas mais audazes para atender as pessoas do campo,
já que, nas zonas rurais, se encontra o maior número de pessoas em situação de empobrecimento.
(SP)