ÁFRICA QUER SER COMPENSADA POR DANOS EM SEU MEIO-AMBIENTE
Addis Abeba, 26 ago (RV) - Na Conferência das Nações Unidas sobre mudanças
climáticas, programada para dezembro em Copenhagen, a África pedirá aos países ricos
indenizações de bilhões de dólares, como compensação pelos efeitos das alterações
climáticas nos países do continente. A notícia foi antecipada por um diplomata sudanês,
na capital da Somália, após a reunião de ministros do ambiente e da agricultura dos
8 representantes africanos na Conferência. A cúpula mundial deve aprovar um novo
tratado sobre as emissões de CO2 no meio ambiente, em substituição do Protocolo de
Kyoto, que expira em 2012.
A compensação pedida pela União Africana (UA)
– prevê Lumumba Di-Aping, delegado do Sudão na ONU – pode chegar a 5% do PIB mundial,
ou seja, 46,8 bilhões de euros por ano, a partir de 2020.
Cientistas e especialistas
consideram que África contribui muito pouco para a poluição que provoca as alterações
climáticas. O certo é que o continente é o mais atingido por secas, inundações, ondas
de calor e pela subida do nível do mar.
Jean Ping, presidente da União africana,
informou que outra exigência será a redução em 40% das emissões poluentes dos países
desenvolvidos.
Segundo um estudo publicado em maio em Genebra, pelo Fórum
Humanitário Mundial, os países em desenvolvimento deverão sofrer 90% das conseqüências
humanas e econômicas das alterações climáticas. (CM)