Roma, 20 ago (RV) - “As comunidades cristãs da Ásia central, que vivem entre
pessoas de outras tradições religiosas, se comprometem a difundir a boa nova do Reino,
sobretudo através do testemunho da sua fé”. É o que se lê num dossier da agência Fides
sobre a “Ásia central e os desafios da missão”.
O dossier é dividido em duas
partes: na primeira, após citar os aspectos geográficos e geopolíticos, é afrontado
o tema da era pós-soviética na área; na segunda se analisam os temas do Islã centro-asiático,
da liberdade religiosa, da chegada do cristianismo, da missão da Igreja e do diálogo
inter-religioso.
“Os povos e as religiões desta região – lê-se no dossier
– durante o período de três gerações foram submetidos a uma política de internacionalismo
forçado e de ateísmo militante, que deixou atrás de si um vazio espiritual. Esta circunstância,
junto com o difícil processo de renascimento após a independência e da auto-consciência
nacional - como também a complexa situação econômica de uma região muito rica em recursos
materiais -, deve ser levada em consideração, quando se fala da pregação do Reino
de Deus”.
O renascimento espiritual teve início nos fins dos anos oitenta e
início dos anos noventa do século XX, mesmo se com numerosas dificuldades causadas,
antes de tudo, pelo recente passado ateísta, pela falta de sacerdotes, literatura
religiosa, igrejas, meios de informação e dificuldade das condições sociais. Essa,
todavia progride mesmo com altos e baixos, de região para região. Um passo fundamental
foi a histórica visita de João Paulo II ao Kazaquistão em 2001. A viagem do papa foi
a realização de um sonho para os católicos do Kazaquistão, e permitiu aos peregrinos
de outros países da Ásia central, e também a muitos russos, encontrar o pontífice.
(SP)