(19/8/2009) A Cáritas Internationalis apela aos governos que honrem os seus compromissos
e permitam que as agências humanitárias tenham acesso às comunidades mais vulneráveis.
O pedido é sublinhado no data em que se assinala o Dia Mundial da Ajuda Humanitária. Estabelecido
pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 2008, o dia 19 de Agosto assinala
o Dia Mundial da Ajuda Humanitária. A designação tem por objectivo aumentar a consciência
das actividades humanitárias que decorrem à escala mundial. Este dia é dedicado
à memória dos que trabalhadores humanitários que perderam as suas vidas a prestar
assistência aos outros. A Cáritas Internationalis lembra que a habilidade de prestar
ajuda às pessoas mais vulneráveis tem sido restringida pelas acções dos vários governos
nos últimos 18 meses. O director da Cáritas Internationalis, Alistair Dutton, dá
conta que no Afeganistão, Zimbabué, Georgia e Gaza, Sri Lanka, Sudão, são apenas alguns
dos países onde “se vê a erosão da ajuda humanitária”. O director sublinha que as
agências humanitárias têm de ter permissão para chegar às populações mais frágeis
em cenários de conflito. “Os governos devem usar o Dia Mundial da Ajuda Humanitária
para reassumir o seu compromisso de salvaguardar este princípio como parte das suas
obrigações consagradas na Convenção de Genebra”. A Cáritas Internationalis denuncia
que o governo israelita impediu o acesso à Faixa de Gaza durante as operações militares
que começaram em Dezembro de 2008. Um centro médico da Cáritas foi destruído. O
Zimbabué suspendeu as operações das agências humanitárias logo após as eleições. Os
membros da Cáritas alimentaram mais um milhão de pessoas e os seus projectos prestaram
ajuda a mais de três milhões num país onde nove em cada 10 famílias passam fome. No
Sri lanka, a Cáritas foi uma das duas agências que teve autorização para trabalhar
na zona não bombardeada, durante o conflito. No Darfur, no Sudão, a Cáritas permanece
operacional depois da expulsão de 13 organizações não governamentais internacionais
e do fecho de três organizações nacionais. Em 2008, 260 trabalhadores humanitários
foram vítimas de assassinato, rapto ou feridos seriamente