IGREJA PORTUGUESA APOSTA NA EDUCAÇÃO EM GUINÉ-BISSAU
Bissau, 18 ago (RV) – Melhorar a qualidade da atividade didática na Guiné-Bissau.
Este é o projeto da Fundação Evangelização e Culturas da Conferência Episcopal de
Portugal, com a colaboração de autoridades guineenses, da diocese de Bafatá, da Caritas
local e de associações de voluntariado.
Iniciada em 2007, a iniciativa já
tem frutos concretos: manuais de administração para as escolas comunitárias, contratos
de trabalho, profissionalização e qualificação cultural de professores.
Guiné-Bissau
é um dos países mais pobres do mundo. Segundo o UNICEF, apenas 38% das meninas e 53%
dos meninos estudam, apesar do ensino, por lei, ser obrigatório e gratuito até os
6 anos de idade. Assim sendo, em 2000, o analfabetismo alcançava índices superiores
a 63%.
A guerra e sua destruição acabaram com o sistema de educação pública.
É urgente alfabetizar e formar melhor o corpo docente. Muitas escolas não podem oferecer
os primeiros 6 anos de ensino porque não têm estruturas e nem professores.
Primeiramente,
o projeto capacita o pessoal no que diz respeito à gestão dos institutos; em seguida,
dá formação pedagógica e didática aos professores, garantindo-lhes o acesso ao material
pedagógico. A intenção é melhorar a formação nas áreas de língua portuguesa do país.
A
Guiné-Bissau tem população muito jovem: em algumas áreas, mais de 40% dos habitantes
têm menos de 14 anos. Gravemente carentes, estes jovens não podem estudar, e é alto
também o número de meninas grávidas em idade escolar. Neste sentido, o incremento
da oferta didática aposta na recuperação dos jovens.
A ação da Igreja é acompanhada
por esforços do governo em reestruturar e construir novas escolas e adequar os currículos
escolares à realidade sócio-econômica do país.
A Fundação Evangelização
e Culturas é um organismo da Igreja em Portugal, criado para potenciar e coordenar
programas de cooperação com países lusófonos. Quarenta associações de voluntariado
e missão participam de suas ações. (CM)