2009-08-14 17:19:33

MILITARES DE MIANMAR DEFENDEM CONDENAÇÃO A NOBEL DA PAZ


Bangcoc, 14 ago (RV) - A Junta Militar que governa Mianmar (ex-Birmânia) defendeu hoje, a decisão de colocar novamente em regime de prisão domiciliar a líder opositora e Nobel da Paz-1991, Aung San Suu Kyi, que viveu reclusa por quase 14 dos últimos 20 anos.

Trata-se de uma decisão "benéfica para ambas as partes" e um "grande passo para uma mudança" − afirma um editorial publicado hoje, no diário oficial "New Light of Mianmar", que o regime costuma usar para divulgar suas mensagens.

A líder do partido oposicionista Liga pela Democracia ativista foi condenada na última terça-feira, a três anos de trabalhos forçados por ter violado os termos do confinamento ao receber em casa o cidadão norte-americano John Michael Yettaw. A condenação foi atenuada para 18 meses de prisão domiciliar.

O norte-americano, por sua vez, foi sentenciado a sete anos de reclusão e quatro de trabalhos forçados.

O jornal elogiou a iniciativa de atenuar a pena de Aung San Suu Kyi, iniciativa partida do o chefe da Junta Militar, o general Than Shwe, e lembrou que, assim, a prêmio Nobel da Paz terá "liberdade de movimentos dentro de casa" e terá acesso à imprensa, rádio e televisão oficiais do Governo. Por isso – afirmou – "ela não deveria ter motivos para se queixar".

A sentença impedirá Aung San Suu Kyi de participar das eleições que o regime planeja realizar no próximo ano, apesar de ser a líder da oposição. (AF)







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