IGREJA CELEBRA SÃO MAXIMILIANO KOLBE: APÓSTOLO DA VIRGEM MARIA
Roma, 14 ago (RV) - Bento XVI recordou, no Angelus de domingo passado, São
Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra nesta sexta-feira, dia 14.
O pontífice o recordou como filho da Polônia e de São Francisco de Assis, grande apóstolo
da Virgem Maria, mártir sob o regime nazista.
Grande promotor do culto mariano
– propagando-o até o Japão e Índia – São Maximiliano foi um apóstolo ardoroso e fundou
a revista "Milícia da Imaculada", que em poucos anos alcançou uma tiragem de milhões
de cópias.
Mas o religioso franciscano é recordado, sobretudo, pelos últimos
instantes de sua existência quando, prisioneiro em Auschwitz, ofereceu a sua vida
no lugar da vida de um pai de família – seu companheiro de prisão – e morreu pronunciando
a "Ave-Maria". Para recordar o mártir do nazismo, a Rádio Vaticano entrevistou o autor
do livro "São Maximiliano, uma luz no campo de concentração de Auschwitz", Pe. Gianfranco
Grieco. Eis o que disse:
Pe. Gianfranco Grieco:- "A grandeza de Maximiliano
não consiste somente no heroísmo final de sua vida, isto é, no morrer no lugar de
um pai de família no campo de concentração, no dia 14 de agosto de 1941. A sua grandeza
verificou-se desde jovem ao escolher o seu modelo de vida. O seu modelo de vida sacerdotal
era Jesus Cristo; o seu modelo de vida de santidade era Nossa Senhora; o seu modelo
de pobreza vivida até o heroísmo, era São Francisco, uma pobreza séria, não somente
de fachada. Francisco pobre é Francisco que leva a Cristo pobre."
P. O senhor
o definiu como uma luz no campo de concentração de Auschwitz, uma pessoa que numa
situação humanamente insuportável soube testemunhar Cristo, fortalecido também pela
ajuda da Virgem Maria...
Pe. Gianfranco Grieco:- "O Servo de Maria,
o soldado de Maria, o cavaleiro de Maria... toda a sua vida foi uma doação. Certa
vez contou à sua mãe o seguinte episódio: quando pequeno a Virgem Maria lhe apareceu
e disse: o que você quer, a coroa da pureza ou a coroa do martírio? E surpreendeu
também a Virgem, porque lhe respondeu: quero as duas coisas!"
P. São Maximiliano
Maria Kolbe foi também um precursor dos nossos tempos: refiro-me à questão do diálogo
inter-religioso – ao ter dialogado com judeus, muçulmanos e budistas – na busca de
um fundo de verdade existente nas várias religiões...
Pe. Gianfranco
Grieco:- "A experiência de Maximiliano Kolbe, sobretudo no Japão, em contato com
os budistas, os xintoístas, prefigura toda a história da nossa Igreja do Concílio
Ecumênico Vaticano II e do pós-Concílio. No Japão, padre Maximiliano estimulava pessoas
de outras religiões à colaboração com a sua revista mariana: esse era um grande sinal
para a história daquele tempo, porque tinha a firme convicção de que um diálogo sincero
leva a Cristo e à unidade entre todos." (RL)