2009-08-14 17:43:44

IGREJA CELEBRA SÃO MAXIMILIANO KOLBE: APÓSTOLO DA VIRGEM MARIA


Roma, 14 ago (RV) - Bento XVI recordou, no Angelus de domingo passado, São Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra nesta sexta-feira, dia 14. O pontífice o recordou como filho da Polônia e de São Francisco de Assis, grande apóstolo da Virgem Maria, mártir sob o regime nazista.

Grande promotor do culto mariano – propagando-o até o Japão e Índia – São Maximiliano foi um apóstolo ardoroso e fundou a revista "Milícia da Imaculada", que em poucos anos alcançou uma tiragem de milhões de cópias.

Mas o religioso franciscano é recordado, sobretudo, pelos últimos instantes de sua existência quando, prisioneiro em Auschwitz, ofereceu a sua vida no lugar da vida de um pai de família – seu companheiro de prisão – e morreu pronunciando a "Ave-Maria". Para recordar o mártir do nazismo, a Rádio Vaticano entrevistou o autor do livro "São Maximiliano, uma luz no campo de concentração de Auschwitz", Pe. Gianfranco Grieco. Eis o que disse:

Pe. Gianfranco Grieco:- "A grandeza de Maximiliano não consiste somente no heroísmo final de sua vida, isto é, no morrer no lugar de um pai de família no campo de concentração, no dia 14 de agosto de 1941. A sua grandeza verificou-se desde jovem ao escolher o seu modelo de vida. O seu modelo de vida sacerdotal era Jesus Cristo; o seu modelo de vida de santidade era Nossa Senhora; o seu modelo de pobreza vivida até o heroísmo, era São Francisco, uma pobreza séria, não somente de fachada. Francisco pobre é Francisco que leva a Cristo pobre."

P. O senhor o definiu como uma luz no campo de concentração de Auschwitz, uma pessoa que numa situação humanamente insuportável soube testemunhar Cristo, fortalecido também pela ajuda da Virgem Maria...

Pe. Gianfranco Grieco:- "O Servo de Maria, o soldado de Maria, o cavaleiro de Maria... toda a sua vida foi uma doação. Certa vez contou à sua mãe o seguinte episódio: quando pequeno a Virgem Maria lhe apareceu e disse: o que você quer, a coroa da pureza ou a coroa do martírio? E surpreendeu também a Virgem, porque lhe respondeu: quero as duas coisas!"

P. São Maximiliano Maria Kolbe foi também um precursor dos nossos tempos: refiro-me à questão do diálogo inter-religioso – ao ter dialogado com judeus, muçulmanos e budistas – na busca de um fundo de verdade existente nas várias religiões...

Pe. Gianfranco Grieco:- "A experiência de Maximiliano Kolbe, sobretudo no Japão, em contato com os budistas, os xintoístas, prefigura toda a história da nossa Igreja do Concílio Ecumênico Vaticano II e do pós-Concílio. No Japão, padre Maximiliano estimulava pessoas de outras religiões à colaboração com a sua revista mariana: esse era um grande sinal para a história daquele tempo, porque tinha a firme convicção de que um diálogo sincero leva a Cristo e à unidade entre todos." (RL)







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