(13/8/2009) O Bispo de Leiria - Fátima, D. António Marto quis unir-se a D. António
Vitalino, Bispo de Beja, e à Cáritas desta Diocese “na denúncia da situação de exploração,
de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo,
no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses". D. António Vitalino,
Bispo de Beja, disse esta Quarta-feira em Fátima que Portugal, “apesar da tragédia
do desemprego crescente, já não consegue subsistir sem o contributo dos imigrantes”. O
presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana falava na Missa da Vigília da
Peregrinação internacional de Agosto, na Cova da Iria, pedindo aos peregrinos presentes
que sejam capazes de “viver em paz e em comunhão com todos os nossos irmãos, sejam
eles da nossa família ou de outros países, e que em Portugal procuram o que não encontraram
noutra parte”. O Bispo de Beja precisou que “hoje, mais que nunca, vivemos num
mundo em constante mobilidade e, mesmo aqueles que aguentam permanecer nas suas aldeias,
partilham das alegrias e tristezas, esperanças e desânimos dos seus vizinhos ou familiares
que se puseram a caminho à procura de melhores condições de vida ou até mesmo da liberdade,
que, por diferentes razões, lhes era negada na sua terra natal”. Numa Missa votiva
pela paz e pela justiça, D. António Vitalino pediu que “haja verdadeiro crescimento
e desenvolvimento”, sublinhando que sem paz e justiça “o progresso não é possível
ou sê-lo-á apenas para alguns, aumentam as desigualdades, o fosso entre ricos e pobres
torna-se cada vez mais profundo, o pomar dos ricos sobranceia com o deserto de grande
parte da humanidade”. “Aqui surgem a inveja, o descontentamento e até a revolta,
que minam a paz, a tranquilidade e a segurança de todos”, alertou.