2009-08-13 11:42:04

DOM ÓSCAR ROMERO, VOZ DO EVANGELHO


São Salvador, 13 ago (RV) - A Igreja Católica em El Salvador iniciará este sábado uma série de atividades, até março, para recordar os 30 anos do martírio de Dom Óscar Arnulfo Romero. Nestes sete meses, será recordada a obra pastoral do arcebispo de São Salvador, Óscar Arnulfo Romero, assassinado por um pistoleiro em 24 de março de 1980, enquanto presidia uma missa em uma capela da capital.

Os eventos serão abertos sábado, 15 de agosto de 2009, e culminarão em 24 de março de 2010, no dia em que se completarão 30 anos de seu martírio.

As cerimônias do trigésimo aniversário terão a presença do cardeal de Guatemala, Dom Rodolfo Quezada Toruño e do postulador da causa de canonização de Dom Romero, Dom Vicenzo Paglia, bispo italiano de Terni.

No programa das comemorações consta uma peregrinação à capela da Divina Providencia, onde o arcebispo foi morto, e ao parque Cuscatlán, onde será celebrada uma missa. Nos meses seguintes, estão programados fóruns, semanas teológicas, exposições de seus discursos e homilias, concursos de arte, contos e poesia, em memória daquele que era conhecido como “a voz dos sem-voz”.

Dom Óscar Romero foi assassinado aos 62 anos. Suas relíquias encontram-se na cripta da catedral de São Salvador, e são visitadas por multidões de católicos.

Em 1993, a Comissão da Verdade, organismo criado pelos Acordos de Paz para investigar os crimes mais graves cometidos na guerra civil salvadorenha atribuiu o homicídio a um esquadrão formado por civis e militares. Em 2004, uma corte dos Estados Unidos declarou o Capitão Saravia civilmente responsável do crime e lhe impôs o pagamento de uma indenização à família de Dom Romero.

Em 12 de maio de 1994, a Arquidiocese de São Salvador abriu o processo de canonização, cuja fase diocesana se concluiu em 1995. A causa foi então enviada à Congregação das Causas dos Santos, no Vaticano, que em 2000 a passou para a Congregação para a Doutrina da Fé.

Vale recordar que em 2005, o postulador, Dom Vincenzo Paglia, informou os meios de comunicação sobre as conclusões do estudo, que assim definiram Dom Romero: “Não era um bispo revolucionário, mas um homem da Igreja, do Evangelho e dos pobres”. (CM)







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