2009-08-08 17:30:27

GOVERNO ARGENTINO RESPONDE A DECLARAÇÕES DO PAPA


Buenos Aires, 08 ago (RV) - O governo argentino comentou as declarações de Bento XVI, pedindo um esforço para "reduzir o escândalo da pobreza e iniquidade social na Argentina", afirmando que se trata de palavras que o pontífice já disse precedentemente, seja à própria Argentina que a outras nações.

"As palavras do Santo Padre são similares às que o papa já disse à Argentina em outras ocasiões, assim como as que ele tem proferido em outros países do mundo. Não há nenhuma novidade. É uma característica habitual (...). É natural" − disse o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, na tentativa de conter o impacto das críticas ao Governo, já que dirigentes e políticos da oposição disseram concordar com o Bento XVI.

Aníbal Fernández criticou ainda, a posição de alguns meios de comunicação, acusando-os de "manipular as palavras" do papa.

Por sua vez, o ex-presidente e agora deputado Néstor Kirchner disse concordar com o pontífice, ao participar de um ato com prefeitos e parlamentares: "Nós temos lutado desde 2003 e tenho autoridade moral para falar da pobreza" − sublinhou.

Em declarações via rádio, o embaixador argentino no Vaticano, Juan Pablo Cafiero, explicou que o apelo contra a pobreza "sempre esteve presente na mensagem do papa" ao se referir a qualquer país, "porque a Igreja tem uma linha de pensamento nesse sentido".

Segundo o economista Javier González Fraga, a Argentina conta, a cada dia que passa, "cinco mil pobres a mais". Por sua vez, Darío Cid, representante da associação Pelota de Trapo, afirmou que a "pobreza nunca diminuiu", pelo contrário, "se estendeu em quantidade e profundidade".

Também Marcelo de Benedictis, porta-voz da Arquidiocese de Mendoza (oeste do país), disse que a Igreja observa um aumento da pobreza e uma queda na qualidade de vida, particularmente entre os setores mais pobres. (AF)







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