IGREJA NA VENEZUELA DEFENDE LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Caracas, 06 ago (RV) - A Igreja Católica na Venezuela protesta, junto com os
líderes políticos da oposição, contra o fechamento, no país, de 34 emissoras radiofônicas.
A
decisão foi tomada, alguns dias atrás, pela Agência Nacional de Telecomunicações da
Venezuela que justifica o procedimento, alegando que as emissoras, por várias razões,
trabalham na ilegalidade.
O cardeal-arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa
Savino, disse que a medida do Governo "viola o direito da defesa e da liberdade de
expressão". Ele disse ainda que as conseqüências do fechamento das 34 emissoras radiofônicas
repercutem na vida cotidiana de muitas pessoas "que serão prejudicadas somente porque
trabalham numa emissora que tem um comportamento crítico e não submisso ao Governo".
A
Conferência Episcopal Venezuelana manifestou sua preocupação pelos anúncios de decretos
e normas em relação aos meios de comunicação social, proferidos pelo Governo.
"O
Estado deve garantir o direito à liberdade de expressão, um dos direitos humanos fundamentais,
que ajuda no desenvolvimento integral da pessoa humana, que a conduz a buscar a verdade,
além de ser um meio de participação e defesa da democracia.
Para os bispos
venezuelanos, "a opinião pública, a liberdade de expressão e o direito à informação
formam juntos a outros direitos fundamentais, um verdadeiro Estado democrático". (MJ)