Há 31 anos, falecia, em Castel Gandolfo, Paulo VI, "grande dom de Deus " à sua Igreja
A Igreja celebra hoje, 6 de Agosto, a festa da Transfiguração de Jesus. Uma celebração
que desde 1978 está também associada à memória de Paulo VI, falecido neste dia, há
31 anos, em Castelgandolfo, como recordou Bento XVI, domingo passado, ao meio-dia,
na alocução antes do Angelus:
“…não posso deixar de recordar a grande figura
do Papa Montini, Paulo VI, do qual ocorre, a 6 de Agosto, o trigésimo primeiro aniversário
da morte, precisamente em Castel Gandolfo. A sua vida, tão profundamente sacerdotal
e rica de tanta humanidade, permanece na Igreja como um dom do qual dar graças a Deus”.
Também no ano passado, nesta altura, em idêntica circunstância, Bento XVI
evocou a figura deste seu predecessor. Foi no domingo 3 de Agosto, em Bressanone,
nos Alpes italianos:
“Como supremo Pastor da Igreja, Paulo VI guiou o povo
de Deus para a contemplação do rosto de Cristo, Redentor do homem e Senhor da história.
E precisamente a amorosa orientação da mente e do coração para Cristo foi um dos elementos
fulcrais do Concílio Vaticano II, uma atitude fundamental que o meu venerado
predecessor João Paulo II herdou e relançou no Grande Jubileu do Ano 2000.
No centro de tudo, sempre Cristo: no âmago das Sagradas Escrituras e da Tradição,
no coração da Igreja, do mundo e de todo o universo.”
"A Providência Divina
– observou então o actual pontífice - chamou Giovanni Battista Montini da Cátedra
de Milão para a Cátedra de Roma no momento mais delicado do Concílio quando a intuição
do Beato João XXIII corria o risco de não se realizar. Como deixar de agradecer
ao Senhor a sua fecunda e corajosa acção pastoral? Na medida em que a nossa consideração
do passado se torna mais vasta e consciente, parece cada vez maior, diria quase super-humano
o mérito de Paulo VI ao presidir à Assembleia conciliar, ao levá-la felizmente a termo
e ao governar a movimentada fase do período pós-conciliar”.
“Poderíamos verdadeiramente
dizer, com o Apóstolo Paulo, que a graça de Deus nele "não foi vã" (cf. 1 Cor 15,
10): valorizou os seus salientes dotes de inteligência e o seu amor apaixonado pela
Igreja e pelo homem. Enquanto nós damos graças a Deus pela dádiva deste grande Papa,
comprometamo-nos a valorizar os seus ensinamentos”.