PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS: VOOS HUMANITÁRIOS PODEM SER SUSPENDOS POR ESCASSEZ
DE FUNDOS
Nova York, 04 ago (RV) – O Serviço Aéreo Humanitário (UNHAS) dirigido pelo
Programa Mundial de Alimentos (PAM) das Nações Unidas, está encontrando dificuldades
sempre maiores, para manter operativos os voos, em muitas regiões da África, em virtude
da dramática escassez de fundos.
Os vôos transportam para os lugares mais remotos,
agentes humanitários que fornecem assistência vital para milhares de pessoas, muitas
das quais foram obrigadas a deixar suas próprias casas, em virtude das guerras ou
das calamidades naturais.
No Chade, o UNHAS ficará completamente sem fundos
até o dia 15 de agosto, enquanto o serviço operativo na Libéria, Serra Leoa e Guiné
poderá efetuar voos somente até o fim deste mês.
"Transportamos milhares de
agentes humanitários em áreas do mundo perigosas e isoladas. Como poderemos prestar
assistência às pessoas, sem esses voos? Como fará o Programa Mundial de Alimentos
para levar gêneros alimentícios a tantas populações famintas? E como farão os médicos
para cuidar dos doentes? Como farão as pessoas para dispor de água potável sem os
engenheiros que as ajudam a perfurar os poços?" – pergunta o chefe do setor de transporte
aéreo do Pam, Pierre Carrasse. No Chade, cerca de quatro mil agentes humanitários
utilizam, mensalmente, seis voos do UNHAS para alcançar dez diversas destinações,
onde 250 mil refugiados de Darfur e 180 mil deslocados no leste do país necessitam
de assistência.
São necessários 6,7 milhões de dólares para dar prosseguimento
às atividades do serviço aéreo no Chade, até o fim deste ano. Se os fundos não chegarem
até o dia 15 de agosto, o UNHAS será obrigado a cortar o número de aviões e de voos,
e até mesmo suspender o serviço. O serviço aéreo fornecido na área da África Ocidental,
que compreende Libéria, Serra Leoa e Guiné, necessita, por sua vez, de mais 3,3 milhões
de dólares para manter a própria operacionalidade, ao menos até o final do ano. (AF)