2009-08-04 19:40:11

A AMEAÇA ATÔMICA NÃO PODE SER MAIS A BASE PARA A PAZ


Washington, 04 ago (RV) – "As nossas sociedades e os seus líderes devem se concentrar na meta de um planeta livre das armas nucleares e nas ações concretas para alcançá-la": esse é um dos trechos do discurso do arcebispo de Baltimore, Dom Edwin Frederick O'Brien, durante um Simpósio realizado nos dias passados no comando estratégico da Base da Força Área em Nebraska.

O evento reuniu acadêmicos, expoentes do governo norte-americano, militares e especialistas internacionais para examinar o problema dos arsenais atômicos. Dom O'Brien participou como membro do Comitê para a Justiça Internacional e para a Paz da Conferência Episcopal dos EUA. No passado, o arcebispo também desempenhou sua missão pastoral como coadjutor do Ordinariato Militar para os Estados Unidos.

No seu pronunciamento, Dom O'Brien recordou os anos em que foi capelão militar do início de 1970 e foi testemunha, inclusive durante a guerra do Vietnã, de muitos episódios de fidelidade e de coragem por parte dos militares. A seguir, citando um trecho do Catecismo da Igreja Católica, destacou que "quem está empenhado em servir o próprio país nas Forças Armadas são servidores da causa da liberdade e da segurança das nações".

Sobre a ameaça nuclear, o prelado destacou que pode ser justificada somente como elemento necessário para impedir o uso de bombas atômicas e como um passo no caminho da paz, que tem como meta um mundo finalmente livre do terror nuclear. Contudo, não pode ser considerada uma plataforma para a paz a longo prazo.

Para superar a política da ameaça nuclear, o prelado recordou que a Igreja Católica apóia o tratado para a eliminação total das pesquisas com armamentos nucleares, as negociações para a redução dos materiais para a construção de bombas atômicas e a revisão das estratégias militares.

"Os líderes religiosos, os responsáveis por organizações pacifistas e todas as pessoas de boa vontade que apóiam os projetos por um mundo finalmente livre da ameaça nuclear certamente não nutrem ilusões sobre as dificuldades para alcançar essa meta. Essas pessoas estão plenamente conscientes do longo caminho que as aguarda. Um caminho em que serão necessários vontade política, um constante e forte apoio por parte da opinião pública e a contribuição de especialistas. Tudo isso torna o caminho difícil; todavia, difícil não significa impossível." (BF)







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