ESPANHA: IGREJA DIZ QUE TERRORISMO É A MAIS GRAVE AMEAÇA À PAZ
Madri, 1º ago (RV) – A Igreja Católica na Espanha reage com dor e indignação
aos últimos atentados da ETA, sobretudo o que ceifou a vida de dois agentes da Polícia
Civil, em Maiorca, nesta quinta-feira.
A explosão na ilha ocorreu a apenas
24 horas de distância do atentado de Burgos, que feriu 69 pessoas.
Para a Conferência
Episcopal Espanhola (CEE) o atentado de Maiorca é um "fato brutal" e, diante da injustiça
de tais atos, os bispos reafirmam a exigência de anunciar "uma vez mais, o Evangelho
da vida" e de denunciar "a imoralidade do terrorismo, face cruel da cultura da morte,
que despreza a dignidade da vida humana e viola o respeito pelas pessoas".
"Na
Espanha – afirma o Episcopado – o terrorismo da ETA transformou-se, nos últimos anos,
na maior das ameaças à paz." Em nome de toda a comunidade católica da Espanha, os
bispos manifestam seu apreço ao trabalho desempenhado pela polícia civil juntamente
com as forças de segurança do Estado, e exprimem sua proximidade e pesar aos familiares
das vítimas – de modo especial dos dois agentes mortos, para os quais pedem ao Senhor
da vida, que lhes conceda o eterno repouso.
Ao mesmo tempo, os prelados pedem
a todos, que se "unam ao sofrimento das vítimas do terrorismo mediante gestos de
afeto e de solidariedade e, em particular, através da oração".
"Diante deste
novo ato de barbárie, a Diocese de Maiorca reitera sua firme condenação ao terrorismo"
– disse o bispo local, Dom Jesús Murgui Soriano. O prelado manifestou seu pesar às
famílias dos dois agentes mortos no atentado.
Por sua vez, o ordinário militar
na Espanha, Dom Juan del Rio Martín, manifestou sua mais dura rejeição a esses "atos
violentos que – disse – não apenas lesam gravemente o direito à vida e à liberdade,
mas são também manifestações de intolerância e totalitarismo".
''Ao condenar
este atentado – lê-se numa nota assinada pelos capelães militares de todo o país –
constatamos, uma vez mais, que o terrorismo é intrinsecamente perverso. Unimo-nos
à dor e ao sofrimento das famílias das duas vítimas fatais, ao mesmo tempo em que
manifestamos nossa solidariedade, apoio e proximidade a todo o corpo da Guarda Civil."
(AF)