TRIBUNAL DE MIANMAR ADIA VEREDICTO DO JULGAMENTO DE SUU KYI
Yangún, 31 jul (RV) - O tribunal especial que julga a líder do movimento democrático
birmanês – Liga pela Democracia − Aung San Suu Kyi, adiou, nesta sexta-feira, 31,
a divulgação de seu veredicto para o próximo dia 11.
Vencedora do Nobel da
Paz em 1991, Aung San Suu Kyi foi acusada de violar sua prisão domiciliar ao abrigar
em sua casa, um norte-americano que invadiu seu domicílio depois de burlar a segurança.
Foi
proibido o acesso de jornalistas ao julgamento em que Aung San Suu Kyi é acusada de
violar a lei de segurança interna de proteção do Estado contra "elementos subversivos".
Os
advogados da líder oposicionista sustentam que ela deve ser absolvida, porque a lei
na qual se apoia a acusação é da Constituição de 1974, que não está mais em vigor.
Muitos
esperam um veredicto de culpabilidade, num país onde as cortes frequentemente favorecem
a junta militar que governa Mianmar desde o golpe de Estado de 1962.
A comunidade
internacional expressou sua indignação pelo processo e exortou o governo de Yangún
a retirar as acusações contra Aung San Suu Kyi, libertando-a imediata e incondicionalmente.
A junta militar que detém o poder ignorou tais exortações e respondeu a seus críticos
que não devem "se ingerir nos assuntos internos" birmaneses.
Opositores asseguram
que o processo não passa de uma tentativa de manter Aung San Suu Kyi sob detenção
antes e durante as eleições do próximo ano que – afirmam estes – serão manipuladas
para legitimar o regime. (AF)