ONU condena ataques no norte da Nigéria; Bispos demarcam a comunidade católica de qualquer envolvimento nos confrontos

(30/7/2009) O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que está preocupado com relatos de uma nova onda de violência na Nigéria que matou mais de 100 pessoas no passado fim-de-semana.
Os combates entre o exército nigeriano e os extremistas do movimento Boko Haram causaram esta quarta feira mais 30 mortos no estado de Yobe. Os confrontos já terão causado 290 mortos em quatro estados do norte da Nigéria.
Os ataques entre militantes islâmicos e forças de segurança ocorreram em várias cidades de quatro estados localizados no norte da Nigéria. Numa nota, Ban Ki-moon condenou o que chamou de "perda desnecessária de vidas" e a destruição de propriedades.
Já em Novembro de 2008, centenas de pessoas morreram no país do centro-oeste da África, após combates entre islâmicos e cristãos. Milhares foram obrigados a fugir de suas casas na cidade de Jos, no norte da Nigéria. Para o Secretário-Geral da ONU, o governo nigeriano, as forças de segurança e os líderes comunitários devem ajudar a resolver as causas dos confrontos sectários no país.
Ban Ki-moon disse esperar que os responsáveis pelos ataques, na Nigéria, sejam levados à justiça.
Entretanto, o director da Comissão para as Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Nigeriana, D. Emmanuel Badejo, afirmou que os cristãos não estão envolvidos nos confrontos entre as forças policiais e milícias islâmicas radicais.
O responsável manifestou receios de que a violência se alastre para outras regiões da Nigéria e crie uma espiral de confrontos entre religiões.
Pouco antes de viajar para o Brasil, o presidente da Nigéria, Umaru Yar'Adua, afirmou que a situação estava "sob controlo" no norte do país.