VATICANO PODE SUSPENDER AGLOMERAÇÕES PARA EVITAR GRIPE SUÍNA
Cidade do Vaticano, 25 jul (RV) - O Estado da Cidade do Vaticano está disposto
a suspender concentrações maciças de pessoas, se considerar que a expansão da gripe
A, provocada pelo vírus H1N1 (a gripe suína) pode colocar em risco a saúde dos habitantes
do Estado e do próprio papa.
Foi o que assegurou o diretor de Saúde e Higiene
do Estado da Cidade do Vaticano, Prof. Giovanni Rocchi, assegurando que a gripe "não
assusta" por enquanto. Segundo ele, porém, "pouco alarmismo" não significa que o Vaticano
não esteja se preparando para enfrentar o novo vírus.
"Nenhum alarmismo, mas
só uma séria, equilibrada e atenta observação das informações que chegam da Organização
Mundial da Saúde (OMS)" − afirmou o Prof. Rocchi em declarações ao "L'Osservatore
Romano".
O Prof. Rocchi disse que a única forma de prevenção no momento é a
simples observação dos sacerdotes e fiéis que chegam de países em risco e que apresentem
sinais da doença.
O Vaticano não adotou, por enquanto, medidas em eventos
como as audiências públicas do papa, às quartas-feiras, que contam, habitualmente,
com a presença de milhares de fiéis provenientes de todo o mundo.
"Isso não
significa que encaramos a pandemia superficialmente e, caso a OMS aconselhe ou forem
adotados procedimentos precisos na Itália, o Vaticano poderia suspender momentaneamente
eventos de massa" − explicou o Prof. Rocchi.
Ele acrescentou que a Cidade do
Vaticano fará, como todos os anos, o ciclo de vacinação no outono (do hemisfério norte)
para enfrentar a gripe sazonal e que, uma vez que começar a ser distribuída a nova
vacina da gripe A, proporá uma segunda rodada.
No Estado da Cidade do Vaticano
− o menor do mundo com apenas dois quilômetros quadrados de território − trabalham
1.894 pessoas, entre sacerdotes, religiosos e religiosas, e leigos. (AF)