São Paulo, 24 jul (RV) - A Arquidiocese de São Paulo publicou ontem uma nota
dirigida a bispos, padres, diáconos e ministros extraordinários, em vista da difusão
do vírus H1N1, responsável pela gripe A (gripe suína).
O arcebispo de São Paulo,
Cardeal Odilo Pedro Scherer, frisa que, mesmo sem haver motivo para pânico nem temores
excessivos, faz algumas recomendações no desejo de colaborar com as autoridades sanitárias
na prevenção da doença e visando o bem e a saúde do povo.
A nota afirma que,
enquanto perdurar o surto da nova gripe, e ela não tiver sido devidamente controlada,
o povo deve ser orientado sobre as medidas preventivas para evitar, de modo geral,
o contágio com a doença e sobre o modo de tratá-la. Neste sentido, recomenda que:
nas celebrações litúrgicas, seja evitado o gesto de dar-se as mãos durante a oração
do Pai Nosso; da mesma forma, evite-se saudação da paz; que a Sagrada Comunhão seja
recebida preferencialmente nas mãos; e que a distribuição da Sagrada Comunhão nas
duas espécies seja evitada.
Enfim, a Arquidiocese pede que, a exemplo de Jesus,
que tratou com imensa ternura e compaixão todos os doentes, tenhamos também nós grande
atenção pastoral para com todos os enfermos; e que com frequência, seja celebrada
também a Santa Missa na intenção deles, conforme os formulários previstos no Missal
Romano.
Na terça-feira, Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo auxiliar e responsável
pela região episcopal Belém, enviou carta aos padres das 63 paróquias e 140 comunidades
da Zona Leste de São Paulo, também aconselhando mudanças nas missas por causa da doença.
Dom Nelson Westrupp, bispo da diocese de Santo André, fez as mesmas recomendações
para os padres e diáconos de 95 paróquias de sete municípios: Santo André, São Bernardo
do Campo, Mauá, São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
“Julguei necessário porque a vida é um dom de Deus e temos a obrigação de cuidar do
outro, de sua saúde”, afirmou. (CM)