2009-07-22 12:47:36

MÉXICO: APELO PELO FIM DA VIOLÊNCIA NO PAÍS


Cidade do México, 22 jul (RV) - A Comissão para a pastoral da comunicação do episcopado mexicano, com uma nota publicada segunda-feira, lançou um apelo para que tenha fim a violência que atinge de modo cada vez mais crescente e preocupante o país. Dirigindo-se “aos homens e mulheres que semeiam o mal”, os bispos mexicanos escrevem: “Chega de mortes, assassinatos, ódios e medos!”. A nota sublinha a dor e a angustia que provoca em todos os cidadãos “viver em um país ensanguentado onde aumenta a violência” e por isso aumenta também “a falta de esperança”. São muitos os mexicanos vítimas de ameaças, extorsões, seqüestros e homicídios, assegura a Comissão episcopal, que pede a todos que “sejam superadas as diferenças políticas ou religiosas para opor-se como um só corpo ao flagelo da violência”.

A violência – destacam os bispos – desanima todos os cidadãos, obrigados a viver em “um clima de terror e de incerteza”. Por sua vez, recorda-se que em alguns casos muitas pessoas tiveram que abandonar os seus vilarejos e as suas comunidades atingidas por uma insegurança crescente. O documento pede então a todos que unam as suas vozes à voz da Igreja e a de todo o povo do México para pedir, em nome de Deus, o fim dessa situação.

Essas denúncias não são coisas recentes. De fato, nos últimos anos, em diversos documentos, o episcopado mexicano chamou a atenção sobre o aumento da delinqüência, da macro criminalidade, do narcotráfico e do tráfico de seres humanos.

Nos últimas horas o governo federal decidiu enviar mais soldados para auxiliar aqueles que já se encontram em algumas regiões do país, como por exemplo a de Michoacán, para contrastar o grande poder de grupos de narcotraficantes. Segundo a imprensa local, desde 2006 as vítimas do tráfico de droga são pelo menos 11 mil.

No dia 10 de julho, Bento XVI, durante a apresentação das Cartas credenciais do novo embaixador do México junto à Santa Sé destacara: “Muitos sãos os passos que, a partir de diversas instâncias da vossa nação, estão sendo dados para promover uma ordem social mais justa e solidárias e para superar as contrariedades que continuam a sacudir o país. Neste sentido, vale a pena sublinhar a atenção e o compromisso com as quais as Autoridades de vosso país estão enfrentando questões muito graves como a violência, o narcotráfico, as desigualdades e a pobreza, que são terreno fértil para a delinqüência. Sabe-se que para uma solução eficaz e duradoura desses problemas não são suficientes medidas técnicas ou de segurança. É necessária uma visão ampla e a eficiente união de esforços, além da promoção de uma renovação moral, da educação das consciências e da construção de uma verdadeira cultura da vida”. (SP)







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