2009-07-21 17:08:52

ONG ACUSA FORÇAS DE SEGURANÇA DA NIGÉRIA DE ASSASSINATOS


Nova York, 21 jul (RV) - A organização de direitos humanos Human Rights Watch acusou, nesta segunda-feira, a polícia e soldados da Nigéria de assassinarem dezenas de muçulmanos na cidade de Jos, num tumulto ocorrido no ano passado.

Em novembro, o Governo de Lagos enviou forças de segurança para restaurar a ordem na localidade de Jos − capital do estado de Plateau − após problemas nascidos de disputas eleitorais, envolvendo em lutas muçulmanos e cristãos.

O grupo de defesa dos direitos humanos, com base nos Estados Unidos, disse num comunicado, que cerca de 700 pessoas acabaram mortas nos dois dias de confronto, três vezes mais do que os números oficiais divulgados pelo Governo.

"Em resposta à violência entre grupos, a polícia e os militares nigerianos se envolveram em 130 execuções arbitrárias; a maioria das vítimas era composta de jovens muçulmanos" − disse o representante do Human Rights Watch, Eric Guttschuss. Ele pediu às autoridades locais que prendessem e julgassem os responsáveis pelas mortes.

Segundo uma testemunha ouvida pelo grupo, as forças de segurança nigerianas entraram nos bairros, lojas e casas dos habitantes de Jos, atirando aleatoriamente.

As forças de segurança locais negam: "Não é verdade. Os policiais foram mandados para restaurar a ordem e não poderiam matar os civis inocentes que eles deveriam proteger" − disse o porta-voz da polícia de Plateau, Mohammed Lerama.

Algumas testemunhas acreditam que os responsáveis pelas mortes possam ter sido pessoas vestidas de policiais e soldados, mas o Human Rights Watch diz que as evidências mostram o contrário.

Os habitantes de Jos ainda vivem sob um toque de recolher diário, mesmo depois de transcorridos oito meses dos confrontos. (AF)







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