2009-07-20 15:48:14

Patriarca de Lisboa pronuncia-se sobre medidas propostas pela Comissão da Pastoral da Saúde


Como informámos, a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde de Portugal, coordenada pelo Padre Vítor Feytor Pinto, sugeriu algumas orientações práticas a adoptar nas celebrações litúrgicas, visando combater a gripe A que está a evoluir no país com o aumento do número de casos. Medidas acordadas com o Ministério da Saúde.

Sobre esta intervenção e algumas reacções surgidas entre os fiéis a propósito de algumas das medidas propostas interveio o senhor cardeal patriarca, D. José Policarpo, numa Nota em que, embora considerando compreensível “que a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde queira colaborar, dando conselhos e orientações úteis para a colaboração dos cristãos no esforço nacional de prevenção”, recorda contudo que “não lhe compete alterar ritos nem dar normas de alterações das regras da Liturgia”.
“Como Bispo Diocesano”, o patriarca de Lisboa decidiu, portanto, dar algumas “orientações pastorais”.

Antes de mais, recorda o dever de “colaborar, no âmbito da nossa missão, com o esforço nacional de prevenção, sobretudo ajudando a criar uma mentalidade de cuidados específicos e de respeito pelos outros”.
As orientações da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde que vão ser enviadas às Paróquias “devem ser consideradas simples sugestões e não normas decididas pela autoridade eclesiástica”.

“No momento actual do processo”, D. José Policarpo considera “não haver ainda necessidade de alterar regras litúrgicas e modos de celebrar”. Relativamente à forma de distribuição da Eucaristia, o cardeal patriarca recorda que “na actual disciplina litúrgica, os fiéis podem optar por receber a sagrada comunhão na mão. Mas não podem ser forçados a fazê-lo”. E observa: “Se houver cuidado do ministro que distribui a comunhão e de quem a recebe, mais uma vez fazendo as coisas com dignidade, a comunhão pode ser distribuída na boca sem haver contacto físico”.

A concluir, a Nota do Patriarca de Lisboa acrescenta ainda que se poderão vir a “estudar novas atitudes concretas, se as condições da "pandemia" se agravarem”, mas tal ocorrerá então “na instância canónica própria a quem compete decisões dessa natureza: o Bispo Diocesano, na sua Diocese, a Conferência Episcopal Portuguesa para todo o País, sempre em diálogo com o Santo Padre e os respectivos serviços da Santa Sé”.








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