CONFERÊNCIA SOBRE A PAZ CONDENA CONDUTA GOLPISTA EM HONDURAS
Manágua, 19 jul (RV) - A Conferência Internacional sobre Educação para a Paz
e a Reconciliação na América Central se encerrou ontem na capital nicaragüense, Manágua,
com um manifesto contra o golpe que depôs o presidente Manuel Zelaya, de Honduras.
No
encerramento do evento, do qual participaram representantes de treze países, foi lida
uma declaração em que se exige o regresso imediato de Zelaya a Honduras, para que
se "restabeleça a plena vigência da ordem constitucional".
Participaram da
conferência a senadora colombiana Piedad Córdoba, mediadora, com a Igreja Católica,
perante as FARC; a prêmio Nobel da Paz 1992, Rigoberta Menchú, e o presidente da Assembléia
Geral das Nações Unidas, Miguel D'Escoto.
Na declaração final, também se pede
aos povos e aos governantes do mundo que incrementem as medidas para que o povo hondurenho
recupere o pleno exercício de seus direitos.
No texto, afirma-se que o golpe
de Estado é um fato "inaceitável, que ameaça a paz e os processos democráticos em
Honduras e em toda a região centro-americana". Qualifica-se de "afronta grave" as
violações contínuas aos direitos humanos dos hondurenhos, como a detenção de líderes
e assassinatos de cidadãos que exigem o regresso de Zelaya.
A conferência foi
inaugurada pelo arcebispo emérito de Manágua, Cardeal Miguel Obando Bravo, que é também
o presidente da Comissão Nacional de Verificação, Paz e Justiça do Governo da Nicarágua.
(BF)