IRAQUE: O ENCORAJAMENTO DO CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS
Genebra, 18 jul (RV) – Continuar a testemunhar o amor e a paz em Jesus Cristo,
inclusive em meio ao ódio e à agressão: este é o encorajamento dirigido aos cristãos
iraquianos divulgado pelo Conselho Mundial de Igrejas (WCC).
Em carta assinada
pelo secretário-geral, Rev. Samuel Kobia, o organismo ecumênico declara-se "profundamente
entristecido e preocupado com a brutal onda de ataques violentos" contra as igrejas
e as comunidades cristãs de Bagdá, Mosul e Kirkuk. Atentados que, entre sábado e domingo
passados, provocaram quatro mortes e 32 feridos.
O Rev. Kobia recorda a perda
de vidas humanas e as ameaças constantes sofridas pelos cristãos nos últimos anos,
principalmente depois da queda do regime de Saddam Hussein, em 2003, e garante o apoio
do Conselho enquanto a comunidade cristã atravessa este período turbulento e difícil.
O
secretário-geral anunciou que o WCC está organizando uma visita às Igrejas em Bagdá,
Mosul e no norte do Iraque. É provável que a delegação visite também os locais de
culto atingidos pelos atentados, "para demonstrar a nossa solidariedade e o nosso
apoio, para compartilhar suas preocupações e sua esperança e trabalhar junto para
encontrar soluções pacíficas".
Por sua vez, o arcebispo de Bagdá dos latinos,
Dom Jean Benjamin Sleiman, voltou ontem a falar dos atentados de uma semana atrás.
O prelado está na capital espanhola, Madri – uma das etapas de sua viagem pela Europa.
Para
Dom Sleiman, a violência no Iraque é mais política do que religiosa, porque a religião
é usada como "instrumento". A seu ver, os atentados podem ser uma estratégia para
expulsar os cristãos do país, mas demonstram também a incapacidade do governo de oferecer
segurança lá onde antes estavam presentes as tropas norte-americanas.
Dom
Sleiman está no Velho Continente para pedir aos países europeus que a ajudem na reconstrução
do Iraque, sobretudo no que diz respeito à área da saúde e da educação. (BF)