2009-07-15 18:28:19

BISPOS CONGOLESES NA LUTA EM FAVOR DA SUBSIDIARIEDADE E SOLIDARIEDADE


Kinshasa, 15 jul (RV) - A Conferência Episcopal do Congo e o Ministério da Planificação e Desenvolvimento assinaram, ontem, um acordo em prol da campanha nacional de conscientização, informação e formação dos cidadãos envolvidos no processo de descentralização do poder na República Democrática do Congo.

A Igreja Católica foi representada pelo bispo de Tshumbe, Dom Nicolas Djomo Lola, presidente da Conferência Episcopal do Congo, e o Governo pelo ministro da Planificação e Desenvolvimento, Antipas Mbusa Nyamwisi.

O prelado ressaltou que o acordo nada mais é do que a continuação da campanha de educação cívica e eleitoral iniciada pela Igreja Católica, em 2004. Após as eleições presidenciais de 2006, a Conferência Episcopal congolesa continua trabalhando na educação cívica, incentivando a participação dos cidadãos no Governo local e na luta contra a corrupção.

Por meio de organismos apolíticos, as populações se organizam a fim de participar do desenvolvimento da nação, exercendo seus direitos e deveres. A "Comissão Episcopal Justiça e Paz" produziu panfletos educacionais e os espalhou pelas 47 dioceses do país. Além disso, formou pessoas que são encarregadas de educar a população sobre o tema da descentralização política, administrativa e econômica. O processo de descentralização entra no plano da Doutrina Social da Igreja, centralizado nos princípios de subsidiariedade e solidariedade.

Num documento publicado em julho do ano passado, a Conferência Episcopal congolesa afirmou que a descentralização poderá ajudar no desenvolvimento local e obrigará as autoridades a serem mais responsáveis pela administração dos bens públicos. "A democracia deve se tornar uma coisa real" - frisaram os bispos.

O programa de descentralização terá a duração de 10 anos (2009-2019) e visa melhorar as condições políticas, jurídicas e econômicas das províncias e outras entidades territoriais descentralizadas. O plano visa responder de maneira eficaz as expectativas do povo congolês, sobretudo, no que concerne à saúde, educação, água e eletricidade. (MJ)







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